Paula Rolo
30.08.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar
30.08.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar
Excelente, este vosso site, onde se pode ouvir a nossa boa poesia acompanhada por uma também excelente música.
Vou divulgar, por entre amigos, parabéns, enaltece a nossa alma.
Cpts,
Paula Rolo
07.07.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Completam-se hoje 4 anos que reúnem os seguintes Programas:
142º. Palavras de Ouro;
106º. Lugar aos Outros
99º. Histórias (para crianças e pais)
3º. Audiobooks
40º. Poesia Erótica
7º. Horas de Poesia
Neste imenso trabalho, levado até à exaustão foram lidos centenas e centenas de autores, desde o mais famoso até ao mais desconhecido, daqueles que escreviam para a gaveta…
No decorrer destes quatro anos de uma forma altruísta, profundamente profissional, com uma dedicação absoluta ouvimos poesia das mais variadas formas e tons. Horas e horas de sons de palavras que nos enchem a alma e onde, realmente, a poesia é rainha.
Grata ao Estúdio Raposo, na pessoa do seu mentor, Luís Gaspar por toda esta imensa partilha e os meus sinceros Parabéns por este quarto aniversário dedicado exclusivamente à cultura.
Aproveito para referir que no Lugar aos Outros 106, se faz, erradamente, referência a três anos de aniversário, quando na realidade são quatro anos de existência do Estúdio Raposa.
Um abraço de Amizade
V. N. Gaia, 6 de Junho de 2009
Otília Martel
24.04.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Eis um programa muito agradável de ouvir.
Adélia tem força, tem sentimento, tem vida.
Não a conhecia.
Obrigado por me teres apresentado a poetisa.
Luis Pinto
23.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Senhor Luís Gaspar, cada vez mais fico encantado com o trabalho que senhor realiza, tenho passado horas e horas das minhas semanas a navegar no site do Estúdio e a cada dia me surpreendo e descubro textos lindíssimos.
Mais uma vez parabéns pelo trabalho tão primoroso, estou muitíssimo ansioso para ouvir os meus modestos escritos narrados pela voz agradável e tranqüila que o senhor dedica às leituras dos textos dos escritores que ainda não tiveram oportunidades.
Um excelente ano repleto de saúde, paz, amor e sucesso. Vida longa ao Estúdio Raposa!
LJP
08.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Uma malfadada gripe que me tem atormentado só me permitiu hoje, ler e ouvir, a poesia de Manuela Nogueira, sobrinha de Fernando Pessoa que, a par do Dr. Miguel Roza, são os dois últimos sobrinhos vivos do Poeta, num momento que foi disponibilizado no Programa Palavras de Ouro 136, do Estúdio Raposa.
Conheci a literatura de Manuela Nogueira através do seu livro “O Melhor do Mundo são as crianças” que inclui poesias de Fernando Pessoa dedicadas às crianças e ainda de
“Quarteto a Solo”, em parceria com Madalena Férin e outros, bem como de alguma da literatura infantil que escreveu, adquirida para ofertar a jovens familiares.
Não sei se Manuela Nogueira herdou de Fernando Pessoa, seu Tio, os genes da escrita, porque não sei se eles são hereditários, já que a minha formação não engloba este assunto, o certo é que muito terá contribuído a dedicação que ele lhe votava, tal como ao seu irmão Miguel, transparecida nos poemas que a ambos dedicou, bem como o acesso directo e testemunhado de um património literário sem par.
Nos seus inúmeros heterónimos Fernando Pessoa relata muito do tempo vivido e as experiências pessoais que tece com o mundo, o que ele sente e o que ele vê desse próprio mundo.
A sua infância perturbada por vários acontecimentos, levam-no a dedicar, talvez, uma afeição à família que visitava regularmente, saindo da solidão a que tantas vezes se remetia.
“Só, é o ofício de escrever
Só, é o acto de nascer
Só, é o tempo de morrer.”
[…]
“Ás vezes tem forma de verso
Outra, é um correr de palavras como água
que desliza do meu pensamento.
Depois adormeço, numa mágoa sem nexo.
Sei que estou viva porque tenho sexo.” (Manuela Nogueira)
Neste poema recordo Alberto Caeiro quando nos diz:
“Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.” (in Fernando Pessoa, Obras Completas, I volume, pág. 222)
Já o sentimento é controverso, quando Manuela nos diz:
“fui encontrando farrapos de alma
em caminhos obscuros
na miragem de espantosos poentes
engravidei de muitas esperanças.
Quase uni pedaços desavindos
quase soltei vivos demónios
com amigos e inimigos fiz alianças.
Travei o precipício do efémero
e nesse instante acordei só.”[…] (excerto)
“reconheço” nesta palavras de Manuela, a visão de um dos heterónimos que eu mais aprecio de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro que nos diz, na sua vasta obra:
“O que nós vemos das coisas são as coisas.
Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.” (in Fernando Pessoa, Obras Completas, I volume, pág. 196)
Ler os sentimentos de Manuela Nogueira não foi novidade para mim.
A sua literatura consta da minha estante como, talvez, um aprofundar do elo de ligação a Fernando Pessoa, um poeta que me acompanha, em quase todas as fases da minha vida, desde a meninice.
Parabéns a Luís Gaspar por ter dado voz à poesia de Manuela Nogueira, na sua forma tão peculiar de recitar.
Grata a ambos por este momento.
Um abraço
Otília Martel (Menina Marota)
07.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Foi decerto para ti uma emoção bastante forte o teres a oportunidade de confraternizares com uma sobrinha de Fernando Pessoa.
O poeta, quer se queira quer não, está sempre presente nos seus heterónimos. Mas ouvires a voz e estares ao lado dum seu tão próximo familiar, tiveste decerto um banho de emoção como quem idolatra algo divino.
Penso também que aconteceu cultura; basta saberes que Manuela Nogueira compartilhou momentos da sua criancice com um dos maiores vultos das letras portuguesas, para teres sentido que dialogavas com o próprio Pessoa, se me é permitida esta frase fantasiosa de quem gostava de ter bebido absinto, naquele tempo, no Martinho da Arcada.
Os poemas por ti ditos são palavras d’ouro que enriquecem este teu tão apreciado programa.
Obrigado.
Luís Pinto
07.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Senhor Luís Gaspar,
cada vez mais fico encantado com o trabalho que senhor realiza, tenho passado horas e horas das minhas semanas a navegar no site do Estúdio e a cada dia me surpreendo e descubro textos lindíssimos. Mais uma vez parabéns pelo trabalho tão primoroso, estou muitíssimo ansioso para ouvir os meus modestos escritos narrados pela voz agradável e tranqüila que o senhor dedica às leituras dos textos dos escritores que ainda não tiveram oportunidades.
Um excelente ano repleto de saúde, paz, amor e sucesso.
Vida longa ao Estúdio Raposa!
LJP
05.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Mais dois programas de excelência…
António Nobre…
“Ó Virgens que passais, ao Sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu perdido Lar.
Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!
Cantai! cantai as límpidas cantigas!
Das ruínas do meu Lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas
Que eu vi morrer num sonho, como um ai…
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz… Cantai! ”
(António Nobre, “Só” pág. 194)
Grata pela partilha.
Um abraço e continuação de um óptimo trabalho 🙂
Beijinho
Menina Marota
05.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Caro Luís, desde já dou os meus parabéns por tão importante e diferente “site”.
Tomei conhecimento da sua existência a partir da ML “O CORREIO DOS OUTROS” do Pedro Aniceto há cerca de um ano.
A razão deste mail é um pedido de autorização para usar um link directo ao tema “Dia de Natal” de António Gedeão, como forma de desejo de boas festas a enviar aos meus amigos e familiares.
Continuação de bom trabalho.
Miguel
05.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar
Caro Luís Gaspar,
Há tempo que sou ouvinte do seu programa. Embora esteja já na casa dos quarenta ainda continuo a estudar. Gosto tanto da língua e a cultura portuguesa que comecei a estudar filologia portuguesa. Também dou aulas de iniciação à língua portuguesa na Câmara Municipal duma vila da Estremadura espanhola. Gosto de levar às aulas as audições do Estúdio Raposa e de partilhar com os alunos o amor que sinto por esta terra.
Criei um blogue chamado “Portugal en Los Santos de Maimona”
Espero poder continuar a ouvir este maravilhoso espaço que tem.
Os melhores cumprimentos
NR
21.09.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Deverá haver poucas formas de passar um bocado duma manhã de Domingo cinzento e chuvoso que seja melhor do que ouvir, de olhos fechados e ouvidos calmamente abertos, o Estúdio Raposa.
Desde as últimas novidades publicadas, passando pela re-audição de textos que me ficaram no goto, tudo fez com que as mais de duas horas que lhe dediquei hoje tivessem passado num ápice. Os Audiobooks, As Palavras de Ouro, o Lugar aos Outros, Histórias e as minhas particularmente queridas Poesias Eróticas, formam um grande todo, um Universo em expansão permanente que nos enche de sonho e encanto.
Posso dizer que com o Estúdio Raposo, senti, eu que já passei o meio século de existência, uma espécie de re-invenção da rádio. Um sabor em simultâneo culto e moderno. Erudito e acessível feito de experiência aliada à modernidade.
Não me canso de enfatizar esta magnifica iniciativa que embora tenha já contada no passado recente com o sopro das velas a contar a sua existência em (vetustas, sim que na Net tudo envelhece rapidamente) Primaveras, o Estúdio Raposa corre e é como o Tejo, sempre novo.
Charlie
(Carlos Luanda)
25.07.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Aprendi muito jovem, muito mesmo, que o valor da amizade não está naquilo que recebemos mas naquilo que oferecemos, que partilhamos, nas cedências de cada um de nós, para com os outros.
Amizade para mim significa dádiva. Aquela dádiva que do fundo do coração entregamos a outrem.
E foi este o sentimento que senti quando ao descer do comboio que me levou à Gare do Oriente encarei com os Amigos que me esperavam. E aí o sentimento que descrevo tomou forma nestas palavras que um dia escrevi sobre a amizade virtual
“…Amizade, não é uma palavra vã,
é solidariedade transformada em lágrimas,
é sorrisos transformados em flor,
que se colhem na bruma do dia que está a nascer.”
porque os sorrisos e os abraços que recebi naquele momento enriqueceram a minha alma e o meu sentir e perfumaram ainda mais as rosas que recolhi nas minhas mãos.
Há muito que me une uma Amizade imensa ao Estúdio Raposa e ao trabalho desenvolvido de uma forma quase enternecedora, em honra de poetas e escritores e que, de uma forma perfeitamente altruísta, são dados a conhecer ao mundo.
E foi em representação do Estúdio Raposa, que eu conheci o seu dinamizador que acabou por ser o anfitrião da minha viagem para a apresentação do meu livro na Bertrand do Vasco da Gama.
A Amizade não se agradece diz o ditado popular, mas eu não posso deixar de aqui expressar publicamente, o meu profundo agradecimento a Luís Gaspar pela disponibilidade que ele e os seus companheiros me dedicaram no passado dia 18 de Junho, tornando o meu dia absolutamente inigualável.
E se admirava Luís Gaspar pelo esforço do trabalho desenvolvido, a minha admiração cresceu pela forma maravilhosa como me recebeu neste dia.
O meu sincero e profundo agradecimento também à Helena Domingues, Inês Ramos e Luís Pinto pela forma afectiva como também me receberam e acompanharam durante todo o dia, tornando-o muito importante para mim.
Obrigada.
Um abraço carinhoso,
Otília Martel (Menina Marota)
13.07.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
A Raposa cresceu depressa, quase sem darmos por isso, em três anos atingiu a sua pujança, fazendo-se ágil, vigorosa e bela, percorrendo distâncias cada vez mais longas e ousadas, deixando neste universo virtual o rasto da sua mágica presença, tornada imprescindível já a quem busca um refúgio nas várias grutas do seu bosque deleitoso para sentir, mais do que ouvir e ver, sussurros de pelagem macia e quente, com reflexos de ouro, cobre ou platina, sob o alento da inspiração e o brilho do talento.
Foi para mim um privilégio poder partilhar das emoções, dos sonhos e do génio de muitos outros espíritos que o habitam ou visitam, dos que vivem ainda e dos que se libertaram da lei da morte, todos a renascerem outros, nos domínios da Raposa, pela mão e pela voz do “feiticeiro” Luís Gaspar.
Lugar de mitos e de fábulas, talvez sem unicórnios, mouras encantadas ou tesouros escondidos, mas com palavras enfeitiçadas de desacordo ortográfico, capazes de arrepiar a pele e transformar o mundo, onde é possível conhecer seres como Luís Pinto ou Otília Martel, seja em corpo ou em espírito, e sair mais rico a cada encontro.
Feliz Aniversário, Raposa!
Um grande abraço de gratidão
Deana Barroqueiro
06.07.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Pois, e indo ao encontro do que disse a Otília Martel, e porque me custou, tendo nascido além fronteiras, o aprender da pátria que é o Português, sou mais um a assinar contra este suposto acordo, que de acordo apenas vejo um ponto: quem não sabe escrever Português passa a não saber, mas passar de fininho ao raspanete do professor quando corrige uma asneira. ( E tantas que eu dei quando chegado a estas terras lusas escrevia cavalo com “k” e cebola com dois “s”).
Portanto estou de acordo que seja apenas este ponto que norteia, porque de resto está cheio de disparates e falhas de argumento.
Mas indo agora ao que interessa de verdade e que é topo de agenda: O Estudio faz 3 anitos! Que maravilha!
Muitos e bons momentos espalhados por todo o mundo e a qualquer hora do dia, onde o falar Português tem no Luis um expoente de qualidade e erudição.
Sei e sinto isso em cada texto lido, em cada poema declamado, (e vivido) que este trabalho lhe dá um gozo especial, um sentir genuíno e é essa genuinidade que nos contamina e nos embala, e faz querer ouvir mais quando chegado ao fim nos parece o despertar dum sonho bom que queremos não ter fim.
Soprou três velinhas e o Estúdio, tendo o sorrir duma criança tem o saber da idade do mundo, das lendas envoltas no nevoeiro e na intemporalidade, dos poemas de Pessoa e Camões, dos outros – tantos e tão maiores quanto estes- dos nadas e zés-ninguém, todos grandiosos na mesma medida pela alma que o Luís lhes empresta.
Quero, e é a opinião de todos, expressar a par dos parabéns, um sentido muito obrigado e um abraço bem forte e apertado.
Viva o Estúdio Raposa, viva o Luís Gaspar.
Conte muitos e que os possamos contar.
Carlos Luanda
06.07.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Feliz Aniversário Estúdio Raposa
Não sei quem estará de parabéns, se o Estúdio Raposa, se todos aqueles que seguiram com atenção, mesmo os que não se manifestaram (e que sei que são muitos), durante estes três anos de existência, num trabalho louvável e de grande sensibilidade.
No meu abraço de Parabéns vai o meu agradecimento, toda a admiração e respeito pelo trabalho desenvolvido.
Ao Luís Gaspar e a todos aqueles que tornam possível que os Programas do Estúdio Raposa sejam efectivamente, um local obrigatório de se visitar, os meus sinceros parabéns.
Um abraço da
Otília Martel
27.06.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
“Fora o novo acordo ortográfico! (estou a angariar assinaturas para uma estrondosa manifestação anti-acordo. Basta, Pum, Basta).Luís Pinto”
Pois meu Caro Luís Pinto, conte com a minha assinatura e pedindo desculpa ao anfitrião da casa Luís Gaspar, gostaria de acrescentar à minha maneira, o seguinte:
Ao longo da História Portuguesa a nossa escrita sofreu alterações, sendo certo que a fonologia se manteve intacta.
Para além de outras imprecisões não concordo, especialmente, com a al. b) e d) do Anexo 1 do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) que a seguir se transcreve:
[…]
“BASE IV
DAS SEQUÊNCIAS CONSONÂNTICAS
1º) O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam.
Assim:
a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.
b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.
c) Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receçâo.
d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.
[…]
Independentemente de se saber que já outros Povos tinham descoberto o Brasil, quando em 22 de Abril de 1500 Pedro Álvares Cabral chegou a Terras de Vera Cruz, onde mais de mil línguas eram faladas pelos índios de diversas etnias que lá existiam, o certo e consta da História, é que em 17 de Agosto de 1750 o Marquês de Pombal institui o Português, como língua oficial do Brasil.
Com o actual acordo ortográfico, mais parece estarmos a ser colonizado pelo Povo, que em tempos idos, colonizámos, muito embora considere, que os Brasileiros deverão eles próprios, cultivar e escolher a sua própria linguagem e nunca ser um imperativo de outrem.
Por isso, caríssimo Luís Pinto disponha da minha assinatura a juntar aos muitos Portugueses, que estarão em completo desacordo, com este “acordo”.
E como este, é um local onde se lê (e muito bem) Poesia, ouvir Fernando Pinto do Amaral é um privilégio. Grata pela partilha e pela oportunidade da escolha.
Um abraço
Otília Martel
26.06.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
É um Senhor. Seguríssimo, cheio de ritmo, com imagens lindas e “sentidas”;
“Às vezes é tão bom ver nascer uma estrela” ou ainda “o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo, toda a espiral das horas que se erguessem no poço dos sentidos”.
Não deve ser nada fácil chegar a este apuro; o da palavra certa no sitio certo para que a leitura resulte na imagem que o autor pretende criar.
Não o conhecia e foi um prazer ouvi-lo.
E, entretanto, quase parece impossível acreditar que as “Palavras de Ouro” vão bater à porta dos três anos.
Quantas coisas boas tu não leste? Quantos poetas ou prosadores passaram pelo programa?
A quantas pessoas não deste a conhecer nomes menos conhecido das nossas letras, e dos famosos monstros sagrados que encharcaram de luz e de cor esta tua graciosa dádiva à cultura?
Felizmente ainda ouvimos os escritores que “escrevem português”.
Fora o novo acordo ortográfico! (estou a angariar assinaturas para uma estrondosa manifestação anti-acordo. Basta, Pum, Basta).
Luís Pinto
22.05.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Palavras 128 – “História Trágico-Marítima
Talvez um pouco longo o texto; quase 25 minutos é obra!
Mas ouve-se com agrado porque a introdução de ruídos relacionados com
o ambiente marítimo (ondas do mar, gaivotas, etc.), proporcionam um
aceitável ambiente.
Segui a leitura pelo texto que adicionas e julgo que não o voltarei a
fazer, porque;
1º – Algumas gralhas na leitura (ou no texto) distraem.
2º – A leitura deste teu ouvinte “dessincroniza” com a tua, ou seja:
li a prosa de uma maneira completamente diferente daquela que é lida
por ti. Para te “acompanhar” é necessário fazer compassos de espera e,
por isto,…
3º – … A concentração entre o que se ouve e o que lê acaba por tirar
o prazer de se “sentir” a prosa do século XVI.
Aceita um abraço.
Luís Pinto
30.04.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
(transcrito de carta postal)
Meu bom amigo:
Bem-haja, do coração, pela belíssima surpresa com a qual me quis brindar.
Com as minhas palavras de muito sincero agradecimento, faço seguir (em pequena embalagem)
mais algumas lembranças para o meu bom amigo ler e guardar.
Em oportunidade futura lhe darei (fisicamente) um forte abraço.
E sou o amigo ao dispor, e agadecido,
António Salvado
28.03.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Parabéns por mais um excelente programa! Não sabendo deixar comentário no local correcto, não quis, contudo, deixar de expressar a minha admiração pelos seus programas, e este em particular. Continuarei a ouvi-li com muito agrado.
Já agora, deixo-lhe um convite: http://www.escritartes.com/forum/index.php
Pode encontrar nesse site boa poesia e boa prosa que talvez lhe interesse.
Um abraço
23.02.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Em primeiro lugar os meus melhores cumprimentos, Luís Gaspar, já me disse que não apreciava o trato, mas você é de facto um Senhor!
Depois, como sempre, não é nunca demais agradecer e insistir no agradecimento pelos momentos excelentes que proporciona a todos que tem o privilégio deste espaço. (Público sim mas um privilégio)
No que toco ao tema desenvolvido pelo nosso Mia Couto, sou inteiramente contra a unificação que este abstruso acordo pretende impor. Após 5 séculos de Diáspora da cultura Portuguesa, todos os que seguem o monolitismo da língua, já deveriam ter percebido que a língua Portuguesa cresceu, ramificou-se e é hoje diversa e mais rica. Incorporou novos vocábulos mercê do contacto com outros povos e outras culturas, e adquiriu novos sentidos para palavras velhas. Também, e naturalmente no palco de outras realidades, palavras e expressões terão caído em desuso, e outras ainda alterado a pronúncia sendo essa uma das razões, senão a principal para que em alguns lugares se adoptasse por outra grafia.
A minha Pátria é a minha língua dizia o Poeta. Por isso mesmo, estou em profundo desacordo que se pretenda equalizar a grafia, pois de tão diverso que o Português se tornou, de tantas Pátrias ele se aPessoou que Bernardo Soares, Álvaro de Campos ou Alberto Caeiro ficariam decerto irritadíssimos se porventura de repente Ricardo Reis lhes quisesse impor a sua forma de escrever.
Que se escreva Português de Portugal, do Brasil, de Angola e de Moçambique e mais que seja! Jamais perdi o norte a um texto pelo facto dele estar escrito da forma como outros povos sentem a nossa língua, e como provou o M. Sousa Tavares, ao editar para o Brasil e para toda a Lusofonia a sua obra em Português de Portugal, também do outro lado ninguém se sentiu de menos por ler como cá se fala e se escreve.
Sem mais, um abraço deste seu admirador.
Carlos
07.02.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Boa noite,
muitos parabéns pelo programa sobre Fernanda de Castro. Gostava de o convidar a visitar o blog sobre a poetisa, por mim organizado. Assim vamos lembrando.
“Que surpresa boa, receber o seu livro de memórias! Ele foi leitura obrigatória nestas últimas noites, e ao acabar, fiquei com pena: queria que continuasse infinitamente…” Carlos Drummond de Andrade
António Quadros Ferro
04.02.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Já aqui falei nele uma vez, contudo foi de raspão e este projecto merece bem mais atenção do que a que lhe dei. O Estúdio Raposa é O audioblogue do Luís Gaspar. À primeira leitura isto não parece nada de mais, e o nome até pode nem ser muito “reconhecível”. Contudo a sua voz certamente já faz parte de grande parte das nossas memórias. Apesar de lhe dar um grande mérito pelo trabalho que tem feito em publicidade e “voice over”, penso que a maior contribuição que o Luís Gaspar tem dado à cultura portuguesa vem do seu trabalho com a literatura nacional. Este blogue é a prova viva disso.
O sítio do conguito
(Texto transcrito deste blog)
04.02.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Do vasto universo da Internet, não poderia deixar de destacar, “Estúdio Raposa”, o audioblog de Luís Gaspar, uma das mais conhecidas vozes nacionais.
Estúdio Raposa é um espaço reservado à palavra falada e outras deambulações sonoras. Um enorme contributo à literatura nacional, com a excelente narração de textos e a criteriosa sonoridade que nos transporta diariamente pelos mundos retratados em cada história.
A não perder em: http://www.estudioraposa.com/
Comentário retirado do blogue de Rui Aniceto
26.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Magnífico espaço.
Diria, repetindo-me mas sem cair no exagero ou elogio bacoco, que é um oásis de excelência.
Só me resta agradecer-lhe, repetidamente, o valor que me acrescenta de cada vez que oiço e re-oiço (permita-me esta liberdade) os seus programas.
Um abraço
Carlos
20.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Hoje, o JN dá algum destaque à utilização do podcasting em contexto de sala de aula (às vezes, os media tradicionais ainda são capazes de nos surpreender…).
Curiosamente, ainda ontem vi na RTP2 uma alusão ao Estúdio Raposa, um blogue do Luís Gaspar, conhecido locutor da televisão. No mesmo é possível encontrar inúmeros podcasts com os mais variados textos de língua portuguesa. Do mesmo Luís Gaspar é o projecto Palavras d’Ouro, site no qual reúne um considerável acervo de textos de autores portugueses e estrangeiros. Muitos desses textos são vocalizados pelo próprio.
Dizer poesia tem muito que se lhe diga…
Sinceramente, não gosto do modo como o Luís Gaspar diz muitos dos poemas. Mas devo ser esquisito. Também nunca gostei muito de ouvir o Vilarett, principalmente os poemas mais íntimos. O épico é que lhe ficava bem. Prefiro o Mário Viegas. Os DVD’s com as gravações que fez para a RTP deviam ser oferecidos às escolas… A perfeição só é atingida pelo Luís Miguel Cintra a dizer Ruy Belo! Ou então o Ary a dizer os seus poemas, como este – (clicar na seta azul) [listen] O Objecto.
Matéria Dada
17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Palavras de Ouro 116 (Luís Pacheco).
Agradeço-te a homenagem.
Ouvi um abrir de alma sem estereótipos.
São aquelas palavras, livres, espontâneas, cruas, realistas, que fazem do “escritor maldito” (como já alguém ousou dizer), um anarquista duma beleza impar.
Viveu tudo o que todos gostariam de viver; se o não fizeram foi por lhes faltar a coragem de se assumirem como gente liberta de preconceitos que as educações seculares nos orientam desde o berço.
Pacheco foi o que foi. Passou por tudo; por todas as fantasias do sexo (Ferreira de Castro, no seu livro a Selva, descreve ter tido relações com uma égua), pela enxovia de quartos com cheiro a vulvas, esperma e excrementos, pela alegria de renascer em cada ressaca de fortes bebedeiras, pelo inconformismo da hipócrita vida social.
Foi livre, simplesmente livre. E essa liberdade tão arredia dos cânones, deu-lhe o direito de nos olhar através duma análise translúcida onde qualquer de nós se pode sentir retratado.
Assumiu-se sempre como foi.
Que digo eu?
Assumiu-se? Ele era ele. Desconhecia o convencionalismo do “assumir”.
Do grande escritor (agora chamado por Deus para grande alegria dos católicos) vai ficar a imagem do bêbado, do imbecil proscrito, do pedófilo, do proxeneta, do cabrão, do “filho de puta”, de tudo o que lhe quiserem apelidar.
Mas nunca a simplicidade dum homem que se desnuda à frente de todos sempre resignado, sem um queixume, apenas a verdade que, para muitos, é difícil ler e muito menos ouvir.
Perdeu-se um grande escritor, que escrevia arduamente por uns tostões que lhe dessem o mínimo para uns copos onde afogava a agonia da sua vida. A vida que quis ter.
Fiquemos com a imagem das letras e das palavras ditas.
Por mim, será sempre recordado com alegria democrática.
Luís Pinto.
17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Meu caro Luis
No fundo de mim mesmo, o interesse que tinha, e tenho, pelas coisas , e pela poesia, naturalmente, estava relacionado com a relação social: mas também pelo ritmo, pelo musical, e por isso, sempre que me foi possível, ouvir um diseur, diseuse, recitar poesia.
Já tinham passado os dezoito e quando surgiu o NOVO CANCIONEIRO e o Poeta Sidonio, a muralha da Poesia!
Já vão uns sessenta e ainda guarda na memória
E aquele que não me perdoa
que saiba, nâo peçoo seu perdão!
Quando perdi o livro arranjei maneira de dactilografar toda PASSAGEM DE NIVEL, que ainda hoje conservo, me tem acompanhado por onde quer que tenha ido.
Daí que, com surpresa e muita satisfação ,ter ouvido o poema de Sidonio, dito por Luis Gaspar.
(e não só, é evidente)
E muito embora , tavez preferisse uma voz mais suave, certo é que me obrigou a ler, a reler a reler, os poemas do NOVO CANCIONEIRO e sobretudo SIDONIO MURALHA.
Por isto tudo agradeço ao Luis Gaspar, e a graça do ter conhecido e reencontrado.
Que 2008 acompanhe a “produção da truca”
Abraços fortes para Casa da Raposa.
Teixeira Raínha
17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
“Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
Da matutina luz
Aguarda-o a surpresa
Do Menino Jesus.”
António Gedeão num dos Poemas de Natal que mais gosto, diz-nos com uma certa ironia, os erros gerados pelos adultos que, numa altura onde deveria imperar a harmonia e a Paz incutem na criança, mesmo que inconscientemente, o apelo à própria “guerilha”…
A leitura deste Poema, numa altura em que cada vez mais, o espírito do Natal é esquecido por muitos é realmente muito oportuna, por isso foi com uma atenção especial, que o ouvi.
Quero igualmente fazer uma referência especial ao trabalho lido no Lugar aos Outros 76 cujo autor José Torres, numa escrita cristalina nos conta uma bela história de Natal, lida magistralmente e que muito me encantou.
Mas é quase Natal e embutida no espírito da poesia, que o poema de Gedeão me transmitiu, bem como a também oportuna leitura da “Lágrima de Preta”, deixo aqui um poema de Natal …
“Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.
Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.
Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.
Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.”
(Poema de Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Ao Estúdio Raposa, a todos os que integram a equipa da Truca e, em especial ao Luís Gaspar, que nos oferece com tanta dedicação e profissionalismo, as leituras de autores, mesmo os que ainda não chegaram às estrelas, o sincero desejo de um Feliz Natal.
Um abraço a todos
Otília Martel (Menina Marota)
17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar
Meu caro Luís Gaspar,
muito obrigado por mais esse poeta grandioso que nos dá a conhecer! Reinaldo Ferreira nos enseja reflexões profundas e risos espertos de quem se deleita a ouvir a sua obra.
O segundo poema, dentre os declamados, poderia dizer que é uma obra-prima, mas é um poema. Um poema com dentes, com lábios e com olhos, tudo de uma beleza que dispensa qualquer recurso lingüístico, porque nos é passado de maneira única esta sensação que nos toma a todos os que se deparam com a Musa, que é a novidade a cada contemplação, e é o encantamento de um poeta que percebe que as palavras são pequenas diante da Poesia. Reinaldo Ferreira assume isso com muita maturidade em seus versos e com muito primor.
Mais que uma aula de literatura, aqui, no Estúdio Raposa, me sinto um aluno de Poesia. Aqui, sobretudo, aprendo muito sobre o acontecimento que muitas vezes passa despercebido: a vida!
Um forte abraço fraterno, Professor Luís!
Octavio Roggiero Neto