Nota biográfica >>

Com um percurso ligado às artes, vias tortuosas levaram-no às tecnologias de informação. Escrevendo por teimosia, Ricardo Vercesi Picoto considera-se um amador, desde que amador seja "aquele que ama", diz. Deixa a qualificação dos seus textos para quem os lê. Talvez, um dia, surja o livro onde reuna aquilo a que chama de verborreia aparentemente poética.

Ricardo Vercesi – “Amo-te”

20.12.2012

Acordo para mais um dia. Custa a respirar.

O sol já não brilha como dantes. O horizonte marca-se a cinza.

Já nada faz sentido. Os segundos arrastam-se no relógio. Até o tempo marca passo.

Não te vejo. Somos uma sombra do que fomos. Outrora…

Sempre fomos tão errados um para o outro. Água e azeite.

Mas fazes parte de mim. Como o Sol e a Lua, jogando às escondidas.

Talvez por isso, já não falamos. Já mal olhamos um para o outro

Como o Sol e a Lua somos eclipse. E mesmo assim…

És o meu mundo. Sem ti, nada funciona.

Os dias arrastam-se. Não vejo, Não ouço. Não sinto o gosto da vida.

Falta-me o equilibrio. Falta-me o ar. Faltam-me as palavras.

Falta-me a coragem para te abraçar, com medo que me rejeites.

E mesmo assim…amo-te.

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