António Salvado – “Pai”
14.01.2012
Ao ler teu nome gravado
na pedra branca em silêncio
não sei que estranho momento
é este que se desenha
entre eu estar ali e a lápide.
Uma súbita presença
de contornos definidos
dá calor à pedra fria
e a mim um certo arrepio
de quase contentamento.
Comunhão que nada apaga
nesse instante fugidio
ao ler com a boca fechada
na pedra inerme calada
um nome que é meu inscrito.
(Escrito para um concurso organizado pelo blogue Porosidade Etérea sobre o Dia do Pai.)
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