“Carro para Campolide. Dia sexual”, poema de José Gomes Ferreira.
09.09.2022
Uma mulher de carne azul, semeadora de
luzes e de transes, atravessou o vidro
e veio, voadora
sentar-se ao meu colo
na nudez reclinada
dum desdém de espelhos.
(Mas que bom! Ninguém suspeita
que levo uma mulher nua nos joelhos.)
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