Nota biográfica >>

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas (Póvoa de Atalaia, 19 de Janeiro de 1923 — Porto, 13 de Junho de 2005). Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade».

“Canção”, poema de Eugénio de Andrade.

18.02.2022

Tinha um cravo no meu balcão:
Veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?


Sentada, bordava um lenço de mão
Veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?

Dei um cravo e dei um lenço,

Só não dei o coração;
Mas se o rapaz mo pedir
– mãe, dou-lho ou não?


Em “Primeiros Poemas”

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