“Na rua”, poema de Manuel Laranjeira.
09.09.2021
Ninguém por certo adivinha como
essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha…
Minha sempre! — E em voz baixinha:
— «Tua ainda além da vida!…»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.
Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco…
E o grande amor, afinal,
(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
— como uma tarde em Setembro…
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