Leonor Alvim – “Cinzas”
10.02.2013
Não sou. Sinto-me, sem corpo rósea fímbria
De pensamento que suspira. Entre ais e enfado
Burilado por insatisfeitos desejos
Que sinto e toco, na redonda forma de teus seios
Enrugados no prazer que te adivinha, quando te penso
Construindo a tua mão que me agarra
Naufraga de sonhos e desencontros
Que sinto e sofro neste casulo sozinha!
Esta casa de sombras e de medos
Como caderno de segredos
Dia a dia junto e escrevo
Me desenho e decoro, lição marcada
Por um mestre que me castiga
Quando omito…
Viver é obrigação que carrego, goste ou não
Pergunto-me o que faço nesta hora
Em que sentir está lá fora… e não sei se vai entrar!
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