António Manuel Couto Viana – “Confissão Pública”
20.01.2012
António Manuel Couto Viana (Viana do Castelo, 24 de Janeiro de 1923 – Lisboa, 8 de Junho de 2010) foi um encenador, tradutor, poeta, dramaturgo e ensaísta português. Tem mais de uma centena de livros publicados e a sua poesia está traduzida em francês, inglês, espanhol e chinês.
Dizem de mim que sou poeta,
Que escrevo versos com pudor,
Sem revelar a voz secreta
Para ninguém a ter de cor.
Que me contento co’a discreta
Fama exigida plo censor
E uso a caneta do esteta
Pra disfarçar o amor e a dor.
Tudo é verdade e é mentira
(A vida é esta condição),
Embora a alma me prefira
Entre o pecado e o perdão,
Pra o singular da minha lira
Do lado oposto ao coração.
(foi meu “ensaiador” de Teatro na Escola Comercial Veiga Beirão)
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