E. M. de Melo e Castro – “Pampoeta”
15.01.2012
o poeta é a merda do universo:
possui todas as características do dejecto.
Concentra em si a digestão do gesto;
a genofagia do êxtase;
a plastocontracção do fluído;
a cagoécia espantorreica do astro;
a fenoinflação do susto;
a culotáctica alviltrante do entre;
a congestomatia da fúria;
a subruptura do esfincter;
a tirano contúcia do tesão;
a esprotuberância dos dedos;
a ultrafragância cliotoriana da nuvem;
a protoputática do cio;
a venusiana contursão do ingesto;
o factócio odor da pituitogonoraica alga;
a fundibular arrogância do ronco;
a incobutência lacunar do humor;
a factoécia consistência da cístole;
o infrutífero agosto do genefágio;
o estro da alticonturbância da bacia;
a penis implacência da pesnínsula;
a fictofinura insinular da inflostrutura;
o oginato fulgor do anão anal;
a parapirotécnica do sobre;
a ficta inflogestão do gestual subjectinvo;
o adjecto fragor do estrondo;
a fúrica arragância do cilindro;
a exalo ternura da ubstância mole;
o facto falância mulhada;
o duro durão do melotão;
a igno rrância das bactárias;
a ultra panterroico fulminância;
a coiso coisíssima nenhuma.
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