Nota biográfica >>

Poeta natural de Bojanowo, hoje, Polónia (1665-1715)

Benjamin Neukirch – “Silvia”

14.01.2012

Porque praguejas, Sílvia, quando esta negra mão
       C’o teu seio quer brincar?
Era alva como tu, e o fogo da paixão
       Assim a fez ficar.
Se com teu fogo vens meu corpo incendiar,
De mármore nem neve pode minha mão ser.
Dizes-lhe que não busque e não faça o que faz.
       Tens razão. Há-de ser.
Mais não busca que a ti, mais não quer do que paz
       E seu jogo jogar.
De que te queixas, pois? E que razões ter julgas,
Já que favores iguais não os negas às pulgas?

Tradução de João Barrento

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