Luís Pinto comenta “As Lavadeiras”

21.02.2009

É de facto, como, aliás, avisas por duas vezes, uma história terrível.
Eu próprio me senti “arrepiado” pela narrativa.
O ingénuo desfecho não apaga a tenebrosidade do antecedente.
As crianças tuas ouvintes podem-se sentir incomodadas pelas travessuras arrepiantes das duas irmãs?
Complicado este assunto, meu amigo.
Chamo-lhe complicado porque hoje, nestes dias de agora, tudo é violência.
E o mais curioso é a violência ser um produto vendável e rentável.
Uma olhadela aos jogos dos computadores e difícil se torna encontrar um que não realce a supremacia do bem sobre o mal; mas aquele, para vencer este, tem que o deixar numa poça de sangue.
Num noticiário televisivo, em horários de maior audiência, eis a fome, a tortura, a criança esquelética carregada de moscas, o idoso rastejando como cobra.
Comparando esta história por ti lida com as “histórias” de agora, compreendo a posição favorável dos professores e psicólogos.
“Deixai vir a mim as criancinhas…”, ao Estúdio Raposa.
Luís Pinto

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