Comentário de Luís Pinto

17.01.2008

…Chegamos portanto à conclusão que esta tua leitura é uma homenagem ao Amor.
Este Amor (que sublinho com maiúscula para lhe dar a força que merece) é um Amor carnal, sensual, erótico mas também um Amor de ternura, afecto e dedicação.
Pena a Igreja Católica, no percurso de ensinança dogmática, ter dado a esse amor uma interpretação absurda: a procriação como acto desprovido de prazer.
O Santo Oficio condenava um coleccionador de “pinturas desonestas”, e alheava-se do infanticídio.
O cristão, para se diferenciar da maioria pagã, renunciava ao sexo.
“Para João Crisóstomo, (séc. IV), o casamento seria a única forma possível de controlar o desejo sexual”.
A religiosidade fervorosa, o culto da Virgem e outros dogmas que foram nascendo ao longo dos pontificados de 266 Papas (não estou a contar com o actual) oferece-nos a dúvida da palavra Divina: para quê as belas páginas do “Velho Testamento” ?
Valha-nos a maior parte da juventude de hoje que se “borrifa” para os desejos pecaminosos do sexo e praticam-no como a mesma necessidade de quem tem sede e pode beber um copo de água fresca.
Luís Pinto

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