Comentário de Bee

17.01.2008

Sinto-me ignara…
Não li «este» Saramago.
A paixão de Jesus, o seu desejo tão natural, a consumação, imaginária ou não, a masturbação.
Que subtileza, que doçura… tanto erotismo!
Uma ideia (pré-concebida ?) me leva a rejeitar tudo que envolva uma religião tão castradora e tão distorcedora como a católica.
Nunca aceitei a versão de Maria, mãe de Jesus, virgem, imaculada… Virgem e imaculada porquê? Como se o acto sexual conspurcasse. Se todas as coisas foram criadas pelo tal Deus, esta foi uma delas, seguramente uma das coisas mais belas!
É nitidamente uma figura composta pela Igreja, convenientemente casada com um homem de idade…
Neste poema, aparece um Jesus humano, um homem como todos os outros.
Não dá para acreditar que, para além de ser um homem como todos os outros, não tivesse sido fecundado e criado numa família normal, numerosa como todas as da época e que não tivesse uns quantos irmãos, não fosse casado, não tivesse filhos… como todos os outros.
São dogmas insustentáveis. Há já teorias mais credíveis que tendem a desmontá-los ou já desmontaram mesmo. Jesus seria de sangue real, condutor de massas, sim, uma ameaça a abater.
Obrigada, Luís, pelas suas escolhas; a abrilhantá-las, um «diseur» como poucos! Felicito-o.
Acabo de chegar e já estou a gostar muito.
Bee

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