Ana Catarino oferece o Romance da Raposa

05.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Olá!

Há algum tempo atrás ouvia o “estúdio Raposa” com alguma frequência, mas sei lá eu porquê fui deixando de ouvir os downloads que fazia. Neste momento estou a efectuar um trabalho monótono e repetitivo e por isso comecei a usar o meu brinquedo mais recente: o meu ipod. Ora o ipo está ligado ao itunes e o itunes põe no ipod as músicas e podcasts que tenho no disco (e que por vezes nem sei como foram lá parar). E voltei a ouvir de novo os seus podcasts!!! E que bom que é! Ainda por cima surgiu-me a ideia de oferecer pelo Natal à minha mãe, que é professora, o Romance da Raposa. Acho que ela vai adorar.

Cumprimentos e obrigada pela companhia
Ana Catarino

Facebooktwittermailby feather

Maria Helena R. Marques comenta a “Ceia”

25.10.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Acabei de ouvir pela terceira vez este seu magnífico trabalho e de juntar
as minhas palmas às que se ouvem na peça!
Que fôlego! E se alguém ainda tivesse dúvidas da versatilidade dessa voz
maravilhosa que Deus lhe deu, tirava-as concerteza com esta leitura /
interpretação!
Também gostei muito da sonorização.
Abraço de parabéns e continuo aplaudindo, porque sei avaliar o trabalho e o
esforço aqui contido, superados naturalmente pelo prazer que lhe deu !
Por trabalhos de grande fôlego… (e porque Dantas lembra Almada e vice
versa!!! ) gostaria muito de um dia o ouvir dizer ” A Cena do Ódio”.
Helena

Facebooktwittermailby feather

Luis Pinto comenta a “Ceia dos Cardeais”

19.10.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Julgo ter sido bem escolhida esta peça de Júlio Dantas para continuares com os teus “Audiobooks”, parados que estão desde “O Diário de um Louco”. Aliás não entendo tão grande interregno pois “matéria prima” não te falta para as capacidades representativas que te são reconhecidas.
Claro está que “A Ceia” é uma peça estafada e dificilmente, nos tempos que correm, a veremos ser representada “ao vivo”; porque a igreja católica atravessa momentos difíceis, porque há uma crise de adesão ao sacerdócio, porque não param escândalos de costumes, porque de há 4 ou 5 anos para cá os seus máximos representantes têm passado a vida a pedir desculpas.
Mas “A Ceia dos Cardeais” escrita por um dramaturgo respeitado (o manifesto de Almada deve ser entendido dentro de um clima de anti-tudo), tem a virtude de mostrar sem rodeios que os homens por Deus eleitos para Sua representação na terra, não amam apenas a cruz e o terço.
Neste teu novo trabalho saliento que conseguiste criar uma sala de teatro com bastante público, coisa raríssima nos nossos dias (talvez dispensável o ruído do pano que sobe e desce), e sente-se bem o proscénio junto do ouvinte. Alguma dificuldade/confusão inicial para distinguir quem é quem mas, com o desenrolar do argumento/representação, desaparece naturalmente.
Será curioso acompanhares de perto o interesse desta “Ceia” estando atento às visitas que te “batem à porta”.
Este teu esforço merece e deve ser divulgado. Trata disso.
Luís Pinto

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Luís Pinto

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Diário de um Louco (ultima apreciação)
Concluído o teu trabalho com o 5º e último episódio da obra em referência, é tempo de ajuizar, na simplicidade dum ouvinte atento mas não dado a entendimentos de teatro radiofónico, a obra na sua totalidade.
E, para melhor resultar esta espécie de crítica, resolvi reunir todos os episódios, sentar-me na comodidade possível, e ouvir integralmente todo o texto.
Resulta esta experiência; fiquei sem os intervalos e, assim, “vivo” a evolução interpretativa à medida que o protagonista vai aumentando o seu estado de demência.
Há momentos muito bons; a aspereza ou a suavidade da voz condizem – ou fazem-me convencer disso – com o espírito dum doente em delírio que, todavia, tem ainda discernimento para apontar o seu dia-a-dia num caderno ou em simples folhas soltas.
De realçar ainda – e o mérito é teu e não do autor – a entoação “carinhosa” em personagens que para ele, escriturário Rei de Espanha, são dignas da sua “simpatia”.
Aponto alguns momentos muito bem dirigidos: “Entre mim e o Rei de Espanha não existe qualquer semelhança” – as gargalhadas que antecedem “fui por brincadeira” e
“a carta é um disparate” – a aceitação e convicção das alternativas dos transportes da época: “os vapores andam realmente muito depressa” – o queixume dorido, quase de menino: “bateu-me com um pau nas costas e magoou-me” – a entoação nos conhecimentos físicos do universo: “ocorreria um fenómeno estranho; a terra pousará na lua”.
Mas nem tudo são rosas, meu caro locutor/actor. Os dias do calendário são ditos, em meu entender, muito convictamente.
“Nunca passei por um inferno como este” deveria ter tido uma força de revolta.
Mais uma ou outra coisita que não me ocorre de momento e seria desconchavado ir procurar.
Mas a parte final é empolgante; uma autêntica despedida da vida.
Para ponto final é muito bonita a homenagem à literatura russa e o confessares que te deu prazer executar este trabalho.
A mim deu-me um enorme prazer em o ouvir.
Luís Pinto

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Américo Azevedo

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Viva Luís Gaspar,
Quero felicitá-lo pelos excelentes trabalhos com que nos tem presenteado. Nessa linha está o estupendo audiolivro “O Diário de um Louco”.
Como cego que sou, aprecio muito os audiolivros.
Também gosto muito de escrever e já dei à estampa dois livros de contos.
Em anexo, envio-lhe precisamente o meu 2º livro “Para Além do Olhar”.
Caso seja do seu agrado, dou-lhe toda a liberdade para o postar em audio.
Sentir-me-ia até muito honrado.
Um Abraço literário,
Américo Azevedo

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Otília Martel (Menina Marota)

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

O “Diário de um Louco”, não é um tema fácil. Aliás o próprio estado emocional do personagem principal, inspira a dado momento, um tal sentimento pelo seu sofrimento, que nos enche a alma de intensidade.
Ler pois, Nikolai Gógol o autor de “Taras Bulba”, um dos romances que mais gostei, de sua autoria, não é fácil.
Confesso que cheguei a arrepiar-me, ao ouvir a intensidade de determinadas passagens, tal o realismo e convicção, que o Luís Gaspar imprime a cada momento.
E recordei uma passagem do próprio Gógol:

“Eu considero inteligente o homem que em vez de desprezar este ou aquele semelhante é capaz de o examinar com olhar penetrante, de lhe sondar por assim dizer a alma e descobrir o que se encontra em todos os seus desvãos. Tudo no homem se transforma com grande rapidez; num abrir e fechar de olhos, um terrível verme pode corroer-lhe as entranhas e devorar-lhe toda a sua substância vital. Muitas vezes uma paixão, grande ou mesquinha pouco importa, nasce e cresce num indivíduo para melhor sorte, obrigando-o a esquecer os mais sagrados deveres, a procurar em ínfimas bagatelas a grandeza e a santidade. As paixões humanas não têm conta, são tantas, tantas, como as areias do mar, e todas, as mais vis como as mais nobres, começam por ser escravas do homem para depois o tiranizarem.
Bem-aventurado aquele que, entre todas as paixões, escolhe a mais nobre: a sua felicidade aumenta de hora a hora, de minuto a minuto, e cada vez penetra mais no ilimitado paraíso da sua alma. Mas existem paixões cuja escolha não depende do homem: nascem com ele e não há força bastante para as repelir. Uma vontade superior as dirige, têm em si um poder de sedução que dura toda a vida. Desempenham neste mundo um importante papel: quer tragam consigo as trevas, quer as envolva uma auréola luminosa, são destinadas, umas e outras, a contribuir misteriosamente para o bem do homem.” Nicolau Gógol, In “Almas Mortas”.

O Luís Gaspar conseguiu, através da sua leitura, transportar-me exactamente aos sentimentos que Gógol tão bem sublinha, neste seu texto.
Porque eles estão ali bem visíveis, na sensibilidade de cada um de nós, numa leitura que nos coloca, em cada situação, em cada local, em cada expressão!
O realismo da interpretação, a dor, o espanto, o delírio psicótico, a comiseração que o personagem dá a si próprio, está bem patente, nesta interpretação magnífica.
Felicito-te Luís, pelo desafio, pela iniciativa, pelo esforço e por esta admirável escolha e partilha.
Estamos todos de parabéns pela oportunidade, de ouvirmos esta excelente obra.
Um abraço carinhoso e aguardo a próxima leitura…
Otília Martel (Menina Marota)

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Luís Pinto

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Diário de um Louco III

Propositadamente silenciei-me em comentários aquando da audição do capítulo 2, contrariando o prometido no final da minha primeira apreciação.
Há muitos anos vi Jacinto Ramos interpretar este personagem de Gógol, salvo erro no Teatro Nacional. O actor interpretou o “louco” com grande força. Aliás parece ser unânime dizer-se ter sido o melhor “papel” da vida deste artista.
Não faço quaisquer comparações, por ser exactamente impossível faze-las.
A razão é muito simples; no palco o actor está em vantagem em relação a ti. Tem espaço, ou melhor, pode brincar com os silêncios, com os gestos, passeando-se no proscénio inteiro, com o olhar atento para um público que o escuta e vê.
Tu, meu bom amigo, tens um espaço pequeno de ribalta inexistente e, quanto a público, apenas um microfone abstracto, onde te é impossível medir reacções duma plateia que sempre transmite ao actor o agrado ou desagrado (a tosse, o “ranger” das cadeiras, etc.) que o artista atento não deixa de medir para, se necessário, reajustar a sua interpretação.
Por outro lado a tua desvantagem torna-se numa superior qualidade.
Assumes o papel dum leitor que lê em voz alta no silêncio de um quarto.
E cada ouvinte pode “encarnar” a figura do “louco” que representas sentindo-se ele próprio espectador isolado, é um facto, mas confortavelmente instalado na poltrona do prazer da tua interpretação.
Faltam dois capítulos para chegar ao fim mas aceita desde já os meus parabéns.
Luís Pinto

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Luís Pinto

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Diário de um louco I
A expectativa era grande… e não fiquei desiludido.
Antes pelo contrário; encontrei uma autêntica peça de bem representar com a voz.
Não é necessária cena aberta; o ouvinte vê o personagem, sente-o, respira a mesma atmosfera como se estivesse ao lado do “Louco”, e acompanhando-o pelas deambulações do texto.
A tua tarefa interpretativa não é fácil; “a loucura”, de capítulo para capítulo, vai crescendo até atingir um zénite que, para quem não conhece a obra, não sabe até onde ele chega.
E é aqui que me parece faltar alguma coisa na tua introdução; o ouvinte devia ser avisado da evolução da demência, ou seja, da dificuldade interpretativa que vai sendo, forçosamente, mais exigente de episódio para episódio.
Mas parece-me, a julgar por este que me foi dado ouvir, que encontraste o caminho certo para teatralizares uma “mente desorientada”. Mereces, desde já, e por isto mesmo, o máximo respeito
Apropriados efeitos sonoros completam com êxito esta minha primeira opinião.
Aguardo pelo próximo.
Grande abraço
Luís Pinto

Facebooktwittermailby feather

Comentário de Jorge Fernandes

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Caro Luís Gaspar,
Fiquei a saber do seu blogue no “Correio dos Outros”. Foi um achado
fabuloso.
Muito obrigado pelo trabalho que disponibiliza. Já ouvi uns excertos
do Romance da Raposa e está fantasticamente bem lido.
Parabéns e continue. Vou ficar leitor e divulgar por todos os meus
amigos que adoram áudiolivros.
Jorge Fernandes

Facebooktwittermailby feather