Sofia de Mello B. Andresen – “Quando”
17.11.2013
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar, E como hoje
igualmente hão-de bailar As quatro estações à
minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar Em
que eu tantas vezes passei, Haverá
longos poentes sobre o mar, Outros
amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta, E
os cabelos doirados da floresta, Como
se eu não estivesse morta.
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