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Poeta e cartunista.

Álvaro Santos – “Binho”

05.07.2012

Acordei

e alebantei-me.
Coxei-me.
Procurei

as chabes…
Encontrei.
Meti-as

à porta.
Em caja

entrei.
Na cojinha

o bagaxo

Busquei.

Olhei à bolta,

não encontrei.
Oubi a garrafa

Tombar

no roupeiro.
AH!

Ao quarto

rumei.
E cuidadojamente

entrei.
Não hoube

berreiro.
Estranhei…
A Maria

Taba

no xubeiro.
Ah, prontos,

lá xeguei.
Reparei

num pó axim branco no ar…

Huumm…
Neboeiro?
Abri

O roupeiro
Uma mão

paxa-me o bagaxo.

Era o padeiro.
Xaí de caja,

pelas escadas

rebolei.
Boltei

para a rua.

Jiguejaguei.
À porta da padaria

numa cuscubilheira

esbarrei.
Bia

Bar

Da

Mer

Da!
Recomendei.
A padaria

contornei.
Às boltas,

às trajeiras

lá xeguei.
À janela

de xima

um calhau

atirei.
No bidro

nem xei como

lá axertei.
A padeira

à janela

bei.
Abriu

as portadas

e me biu.
No peitoril

entre os bajos

Poujou

Xenxual

o xeu xeio.
E xorriu.
Tens o bagaxo?

Perguntou ela.
Tenho xim.

Respondi.
Atão xobe,
porra!

Dixe ela.
E xubi.

(Poema concorrente a um concurso de poesia organizado pelo blogue Porosidade Etérea)

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