Daniel D. Dias – “Marinheiro”
10.05.2012
Percorro a vida como um barco sem rumo
Oiço o vento, as gaivotas e o marulhar das ondas e gosto da música que compõem
E nunca tenho medo porque sinto o olhar do pai por perto, mesmo não estando lá
Acosto em qualquer porto ignoto sem receio
porque ganho coragem no regaço doce da minha mãe água
Estou só, mas a solidão não me aflige
porque um canto de sereias amigas me acompanha
E nem me importo de ficar triste porque gosto da minha tristeza que não é triste
Sei que a minha viagem não terminará e não me aflige que seja eterna
O que receio é nada ter que fazer ou parar de pensar,
Ou que os golfinhos e os peixes voadores me abandonem
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