Manuela Nogueira – “Sem tempo para esperar”
16.01.2012
fui encontrando farrapos de alma
em caminhos obscuros
na miragem de espantosos poentes
engravidei de muitas esperanças.
Quase uni pedaços desavindos
quase soltei vivos demónios
com amigos e inimigos fiz alianças.
Travei o precipício do efémero
e nesse instante acordei só.
Sem cordão umbilical à terra
sem âncora e sem religião
– meus olhos já viram demais
meus ouvidos estão cerrados
– o corpo tropeça na gravidade
sou virgem de uma verdade.
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