Bocage – “Mulato”
14.01.2012
Esse cabra ou cabrão, que anda na berra,
Que mamou no Brasil surra e mais surra,
O vil estafador da vil bandurra,
O perro, que nas cordas nunca emperra;
O monstro vil, que produziste, oh terra,
Onde narizes Natureza esmurra,
Que os seus nadas harmónicos empurra,
Com parda voz, das paciências guerra;
O que sai no focinho à mãe cachorra,
O que néscias aplaudem mais que a «Mirra “,
O que nem veio de prosápia forra;
O que afina inda mais quando se espirra,
Merece à filosófica pachorra
Um corno, um passa-fora, um arre, um irra.
Podcast (estudio-raposa-audiocast): Download