Luís Graça – “Semen de poeta…”
13.01.2012
Há quem derrame prosa como sémen
ignorando a tesão da Literatura
pois a criação é casta como a neve
A esses beijo apenas a inocência
de não saber mais do que o banal
e nunca ejacular mais do que sílabas
São milhões como um exército de larvas
e bebem cálices de orgulho e preconceito
no luar tenebroso das certezas
Sabei, senhores, e digo-vos de borla
escrever assim não é raiz do amanhã
é somente parir monstros sem cabeça
Vós padeceis de mal muito antigo
ignorais sem maldade e por desleixo
que Literatura é mais do que punheta
O sémen verdadeiro dos poetas
bebe-se às taças como manjar de semi deuses
e frutifica em arco íris de ternura.
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