Tchaikovsky – “Concerto nº 1 para piano, OP. 23”
21.09.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar
Música para quem gosta de POP. Texto e seleção musical de Luís Pinto.
21.09.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar
Música para quem gosta de POP. Hoje Tchaikovsky
Muito se escreveu sobre o compositor Tchaikovsky nascido na Rússia no ano de 1840. Educado pelos modelos convencionais da classe média da época, cedo demonstrou aptidão para o piano tendo recebido – a par dos seus estudos na Faculdade de Direito – lições de música no Conservatório de São Petersburg até aos 22 anos de idade. Aos 25 anos realizou o seu primeiro concerto em público.
A música de Tchaikovsky não se identificava com quaisquer outras dos grandes compositores contemporâneos – Borodin, Mussorgsky, Rimsky-Korsakov – e nos tempos de agora parte da sua obra podia considerar-se original.
A sua personalidade introvertida repudiava firmemente a ideia de qualquer contacto intimo com outras pessoas embora fosse propenso a estados apaixonados.
Durante treze anos correspondeu-se com uma viúva abastada, de meia idade, que lhe correspondia com grande paixão. A determinada altura passou a conceder-lhe uma pensão de 6000 rublos anuais (opcinal; algum ouvinte faça a conta de quanto podia equivaler esta fortuna nos dias de hoje) que dava e sobejava para o compositor viver folgadamente. Mas a viúva nunca conheceu pessoalmente o compositor nem este mostrou interesse numa relação com a sua mecenas.
Um dia Tchaikovsky já com 37 anos, recebeu uma carta de amor de uma sua aluna que tinha apenas 20 anos de idade; Antonina Milyukova. O compositor passou a ser bombardeado com cartas arrebatadores e Antonina não vendo da parte do músico qualquer reacção às suas suplicas de amor ameaçou suicidar-se. Casaram-se, mas o casamento foi um desastre; Tchaikovsky na primeira noite da lua-de-mel achou-a fisicamente repulsiva e abandonou-a.
Tempos mais tarde Antonina deu entrada num manicómio.
Falaremos mais sobre este músico em futuros programas, mas fiquemos hoje com o seu famoso Concerto nº 1 para piano, Op. 23, interpretado por Ida Czernecka, ao piano.
Ouvimos música para quem gosta de POP. Hoje Tchaikovsky
Orquestra do Festival de Londres conduzida por Laurance Siegel
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19.08.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar
Na década de 1840 vivia-se em Viena a febre da valsa e isto por culpa de um clã de músicos; a família Strauss.
Pai e filho rivalizavam-se cada um com a sua orquestra.
Parece consensual que a origem da valsa é alemã através da palavra waltzen equivalente ao latim volvere que sugere desde logo uma dança giratória.
E a valsa mandou às urtigas o estafado e aristocrático minueto; agora os pares dançavam bem agarradinhos ao som daquelas melodias que os Strauss compunham para escândalo da aristocracia conservadora.
Não se pense que as valsas são apenas dos Strauss. Grandes compositores como Mozart, Beethoven, Schubert e outros, criaram pequenas peças encantadoras e muito divertidas. Mas as de Johann Strauss Jr. tinham mais brilho e um primeiro tempo bem marcado.
Os grandes salões de baile como o Apolo e o Sperl (que podiam acolher 3000 pares de dançarinos apaixonados pelo rodopio) rapidamente perceberam que ao repúdio inicial por esta dança havia agora lugar à alegria esfuziante duma juventude renovada.
Esta Valsa que vamos ouvir (Vinho, Mulher e Canto) comenta com um sorriso as preocupações da sociedade vienense que frequentava os cafés.
(Wiener Wolksoper Orchestra. Cond.: Peter Falk)
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