Nota biográfica

Luísa Ducla Soares (Lisboa a 20 de Julho de 1939) licenciou-se em Filologia Germânica. Trabalhou como tradutora, consultora literária e jornalista, tendo sido directora da revista de divulgação cultural Vida (1971-2). Colaborou em diversos jornais e revistas, estreou-se com um livro de poemas Contrato em 1970. Tem-se dedicado à literatura infantil.

Luísa Ducla Soares – “Poesia”

28.04.2017 | Produção e voz: Luís Gaspar

Para mim poesia é
realismo e fantasia num
esquema hipertenso e eu
só me pertenço quando a
imaginação tem o
tamanho da minha mão.
Então
é prosa vivida em
circuito de acção.

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História 02 – “Outra história do Capuchinho Vermelho”

14.12.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Versão do “Capuchinho Vermelho” em história tradicional Portuguesa.
Gravada em 2006.

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História 173 – “Os dois companheiros”

23.06.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

História 173 – Os dois companheiros

Dois homens seguiam por uma estrada fora. Como se dirigiam para o mesmo sítio, tinham combinado ir juntos, para fazerem companhia um ao outro e para se ajudarem mutuamente nas surpresas da viagem.
A certa altura apareceu a um lado da estrada um machado abandonado, que o mais novo logo apanhou, dizendo muito contente:
Olha, achei um machado!
Não digas achei-a – conselhou o mais velho – diz achámos, uma vez que vimos juntos e que o que encontrarmos de bom ou de mau pelo caminho tem de ser para os dois.
Mas, isto é outra coisa – protestou o primeiro – porque quem viu o machado fui eu e eu é que o apanhei; portanto é meu e muito meu.
Estavam nisto quando viram na sua frente um homem muito mal-encarado. Era o dono do machado, e avançava para eles zangadíssimo.
Agora é que estamos mal – disse com medo o que tinha apanhado o machado.
Estamos, não —respondeu o outro – estás. Porque se quiseste só para ti o que era bom, também deves ficar sozinho com o que é mau. Os bons amigos conhecem-se por repartirem entre si tanto o mal como o bem. Adeus!
E afastou-se, deixando o outro sozinho na estrada.
E aqui termina a história dos dois companheiros

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História 169 – “O Lobo e o Cordeiro”

22.05.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Num dia quente de Verão o Lobo saiu do covil e foi ao ribeiro beber, porque estava cheio de calor. O Cordeiro, que andava ali perto, atrás da mãe, teve sede e também foi ao ribeiro, colocando-se da parte de baixo, para onde a água corria.
– Sai daí! – gritou-lhe o Lobo, de mau humor. – Estás a sujar-me a água.
Eu, Sr. Lobo?! —respondeu-lhe o Cordeiro humildemente. – Como pode ser isso, se eu estou da parte de baixo da corrente?
– Pois se não me estás sujando a água agora, há já seis meses que me estragas as relvas e os prados onde eu costumo descansar depois das minhas caçadas.
– Isso também não é possível – tornou o Cordeirinho, a tremer – porque há seis meses não era eu nascido; nem dentes tenho ainda…
– Pois então, se não foste tu, foi o teu pai, o que no fim de contas vem a dar no mesmo.
E atirando-se ferozmente ao pobre Cordeirinho, o Lobo matou-o e comeu-o.
Quando a mãe Ovelha deu por falta do filho e soube do que se passara, baliu angustiadamente para as companheiras.
– Para os mal-intencionados como o lobo, nunca há inocentes como o meu filho. E a sua maior inocência foi tê-lo deixado roubar-lhe a vida por querer dar-lhe explicações. Aprendam, amigas, e quando virem um lobo não tentem chamá-lo à razão, porque perdem o tempo e se arriscam a morrer. Fujam!
E aqui acaba a história.

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História 168 – “A Raposa e o Camponês”

10.05.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Algum tempo depois a Sra Raposa viu-se nos mesmos trabalhos: uma matilha de cães de caça perseguia-a e desta vez, nem uma moita de espinheiro lhe aparecia para se esconder. Sentia-se já a cair de cansada por ter corrido tanto, quando teve a sorte de ver um camponês à porta de sua casa:
Bom homem! – pediu ela aflita – tenha pena de mim, que venho a correr há tanto tempo, perseguida por uns cães. Deixe-me esconder no seu celeiro!
Esconde-te à vontade, Raposa! – consentiu o camponês.
A Raposa entrou logo no celeiro e ocultou-se bem, debaixo de uns sacos, atrás dos montes de trigo. Os cães vieram a ladrar e atrás deles os caçadores, que perguntaram ao dono do celeiro:
– Não viu passar por aqui a Raposa?
Ouvindo a pergunta, a Sra. Raposa pôs-se a espreitar para ver o que eles faziam. E ouviu o Camponês responder: – Ná, não senhor, não vi passar nenhuma raposa por aqui.
Mas ao mesmo tempo indicava o celeiro com a mão, fazendo um gesto que significava:
– Está ali dentro do celeiro. Se quiserem vão lá apanhá-la.
Os caçadores é que não entenderam ou não repararam no gesto e seguiram para diante. A Raposa, então, saiu do seu esconderijo e pôs-se a andar a caminho da mata.
– Pst! Pst! ó Sra. Raposa — chamou o Camponês.- Que uso é esse de receber um favor tão grande como o que eu lhe fiz agora e pôr-se a andar sem ao menos dizer obrigada?!
A Raposa pôs-se a rir.
– Boa ideia, amigo! Tenho a agradecer-lhe as palavras que disse, é certo, mas como nada lhe devo pelo gesto que fez, estamos pagos!
E a Raposa, espertalhona, lá foi a correr para a mata, onde se escondeu.

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História 167 – “O Leão e os 4 Touros”

14.04.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Quatro Touros bons amigos tinham por hábito andar sempre juntos. Saíam juntos, pastavam juntos, divertiam-se juntos.
O Leão, que morava nas proximidades, dava tratos à cabeça a ver se descobria a maneira de os fazer andar separados, cada um para seu lado, porque aquela união forte dos quatro impedia-o de atacar qualquer deles.
Se eu conseguisse apanhar um a jeito, de cada vez – dizia ele com os seus pêlos – tinha comida para uns poucos de dias sem me ralar nada. Mas assim… Com os quatro ao mesmo tempo é que eu não posso; davam conta de mim. Mas quem é que separa esses sócios, e de que maneira?!
O Leão tanto pensou, tanto espremeu os miolos, até que um dia se lembrou de um meio que lhe pareceu ótimo para dividir os quatro amigos. Foi ter com a Raposa e disse-lhe:
Já sabe, comadre, que os nossos quatro vizinhos Touros se desentenderam?
Sim? —indagou a Raposa, toda interessada.
É verdade. Começaram ontem a discutir por causa do sítio onde iriam hoje almoçar e às duas por três puseram-se a questionar e acabaram por se insultar uns aos outros. O mais velho, então, diz tão mal dos companheiros!
A Raposa correu a contar o sucedido ao Leopardo e ao Urso, estes passaram a outros e dentro de pouco tempo toda a floresta dizia de boca em boca o que o Leão e a Raposa iam contando acerca dos vizinhos Touros.
Poucas horas depois isto chegava aos ouvidos dos Touros e os quatro amigos puseram-se a pedir satisfações uns aos outros. «Disseram-me que tu disseste… – Não disse nada… – Ah! isso é que disseste…»
Então é que os quatro amigos se desarmonizaram. Ralharam, gritaram, ofenderam-se uns aos outros e acabaram por ir cada qual para seu sítio, separados pela primeira vez na vida.
Ora isto e o que o Leão queria era precisamente o mesmo… Atacou o primeiro que encontrou só e papou-o, ao segundo fez o mesmo, ao terceiro outro tanto e o quarto foi pelo mesmo caminho.
E os quatro amigos Touros, que tão felizes e tão fortes tinham sido enquanto viveram unidos, acabaram assim, miseravelmente, logo que acreditaram em intrigas e se isolaram uns dos outros.
«A união faz a força».
E aqui acaba a história.

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História 164 – “A Árvore e o Machado”

01.04.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Tombado ao pé das árvores estava um machado, triste e solitário, porque não tinha cabo.
— Que sou eu sem cabo…? — lastimava-se ele. — Uma
coisa inútil…
Compadecidas de tal situação, as árvores todas pediram ao Zambujeiro que estendesse um dos seus braços e oferecesse um cabo ao Machado. O Zambujeiro, que também tinha bons sentimentos, assim fez, e, lentamente, estendeu-lhe uma vara comprida e forte, que o Machado logo aproveitou, enfiando-se nela. E ficou todo contente, estendido no chão, a gozar a frescura das árvores amigas.
Eis que passa por ali um lenhador e, vendo o Machado pronto a servir, agarra-o e começa a derrubar as árvores e a cortar-lhes as ramadas.
As árvores, apavoradas, encolhiam-se umas contra as outras, tentando defender-se, mas nada podiam fazer: uma após outra iam sendo destruídas.
Desesperado, o velho Sobreiro disse para o Freixo:
— Só nós tivemos culpa do que está a acontecer, por
que favorecemos um inimigo. Se nunca tivéssemos dado
um cabo ao Machado, estaríamos livres do seu ataque.
Mas já era tarde para a árvores se arrependerem de ter dado armas ao próprio inimigo, porque nas mãos do lenhador o Machado continuava a rachar, a partir, a derrubar.
E aqui acaba a história.

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História 163 – “A Lebre e a Tartaruga”

21.03.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

A Lebre andava sempre ligeira, quase a correr como o vento, e fazia-lhe nervoso ver a pachorrenta da Tartaruga a caminhar vagarosamente para onde quer que fosse. Chovesse ou fizesse sol, houvesse perigo ou não, a Sra. Tartaruga não passava do seu passo habitual, pausado e sossegado.
Nos dias de festa, enquanto a bicharada combinava sair junta e todos se punham a andar, era certo e sabido que a velha Tartaruga ficava à cauda do rancho, a fechar a marcha, a andar compassada, tão mole, tão mole, que a Lebre tomava fôlego, andava pelas duas e punha-se à frente de todos, a correr, como lebre que era.
E um belo dia não se conteve e disse para a Tartaruga: — E se eu fosse como a senhora, já tinha morrido de aborrecimentos. Eu podia cá andar nesse passinho de enterro! Eu sempre queria vê-la a correr comigo, a ver se espertava.
Muito bem — respondeu a Tartaruga, pacatamente. — Vamos lá experimentar isso. Fazemos uma corrida de cinco quilómetros, e aposto quem vai ganhá-la sou eu.
Bonita aposta! — respondeu a Lebre — Vamos já sair de dúvidas.
Convidaram a Raposa para juiz e ambas partiram para a corrida. A Lebre, como sempre, largou veloz como um foguete e em pouco tempo se perdeu de vista. A Tartaruga, como era seu costume, deixou-se ficar a andar lentamente, a andar… a andar… pela estrada fora.
Depois de correr um bocado, a Lebre voltou-se para trás e, não avistando a Tartaruga, deu uma gargalhada.
— A esta hora ainda ela está dando as primeiras passadas. Nem me vale a pena andar mais por agora. Até tenho tempo de dormir uma soneca enquanto espero por essa papa-açorda.
E deitou-se na relva fresquinha e apetitosa que havia à beira do caminho, principiando logo a dormir. Dormiu, sonhou, ressonou… e entretanto a Tartaruga, que vinha a andar devagar, muito devagarinho, mas sem perder um momento, passou junto dela, viu como a sua contendora dormia descuidadamente, sorriu-se e continuou o seu caminho.
Quando a Lebre acordou voltou a olhar para trás.
«Ainda não há-de vir a meio caminho — pensou. — Agora em quatro pulos chego ao fim e ganhei a aposta.»
Mas quando olhou para diante viu a Tartaruga, que acabava de chegar naquele instante ao lugar combinado para o fim da corrida. Tinha ganho a aposta!
E a Lebre, abatida no seu orgulho de boa corredora, ficou a pensar:
«Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo».

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História 162 – O Rato da Cidade e o Rato do Campo

19.03.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

O Sr. Rato da Cidade foi um dia visitar o seu amigo Rato do Campo, que o tinha convidado a passar uma tarde com ele. Habituado ao conforto da casa da cidade em que vivia, o Sr. Rato da Cidade não gostou do buraco pobre, sem tapetes nem asseio, em que morava o seu amigo Rato do Campo. Este, coitado, bem fez tudo para lhe agradar, mas o Rato da Cidade mostrava-se cada vez mais enjoado com o que via.
Ao jantar, o Rato do Campo trouxe-lhe o que tinha de melhor: uns pedacinhos de queijo velho, uns bocados de pão, uma batata, raízes e alguma fruta. Ofereceu tudo ao amigo e ele pôs-se a roer uma palha dura e a aproveitar as migalhas que caíam.
Depois de comer, o Rato da Cidade disse ao amigo, com ar importante:
— Sabes que mais? Não sei como podes viver assim. Aqui não há comer, não há nada. Eu, no teu lugar, dizia adeus a esta miséria e ia para a cidade. Lá é que é viver! Com boa comida e boa toca; é um vida regalada!
O pobre Rato do Campo, envergonhado com a sua pobreza e seduzido com as belezas de que o amigo lhe falava, resolveu ir com ele para a cidade.
Quando lá chegou e entrou na casa onde o Rato da Cidade tinha a sua toca, ficou admirado com a riqueza que via e com os tapetes em que se afundava ao passar. Por toda a parte havia boas comidas e com fartura.
Contentíssimo, o Rato do Campo regalou-se a comer do melhor que encontrava, e o outro ria-se de o ver tão palerma no meio daquilo tudo.
Estavam os dois no melhor da festa, a comer e a rir, quando aparece um grande gato, que se atira a eles de um pulo. O da casa depressa enfiou para o seu buraco e fugiu ao gato. Mas o do campo, coitadinho! Aos saltos e às corridas, sem conhecer a casa, lá se escondeu do gato conforme pôde.
Quando o gato desistiu de apanhá-los e o susto passou, o pobre ratinho saiu do seu esconderijo e foi falar com o outro à porta da casa dele.
— Vou-me embora, amigo. Isto pode ser muito bom e muito bonito, melhor do que a minha casa pobrezinha, mas é perigoso.
Lá na minha casa como do que posso e quando há, mas estou descansado. Passa muito bem, que eu contento-me com o que tenho. Antes magro no mato do que gordo na boca do gato.
E voltou a correr para a sua casa.

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História 160 – “Lenda da Nazaré”

11.11.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Quase todos conhecemos a lenda do Sítio da Nazaré, onde D. Fuas Roupinho foi salvo, no último minuto, de cair no precipício quando perseguia um veado. Valeu-lhe então a invocação que fez à Senhora da Nazaré. Essa, porém, é outra história que já foi contada neste programa.
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História 159 – “O degredado”

05.10.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir uma lenda recolhida por Fernanda Frazão, intitulada “O degredado de Ledão”

Nas faldas de Mantel há um lugarejo chamado Ledão.
Há muito tempo atrás, havia aí uma certa pedra jeitosa que os lavradores costumavam pôr nas grades, quando andavam a gradar.
(…)
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História 158 – “Maria Mantela”

08.09.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Hoje, vamos ouvir uma lenda intitulada “Maria Mantela” que fui buscar à obra de Fernanda Frazão, “Lendas Portuguesas”.
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História 157 – “A rainha orgulhosa”

24.08.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir uma história tradicional. Recolheu-a Consiglieri Pedroso e foi publicada na sua obra “Contos populares portugueses”
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História 154 – Estremoz

04.01.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir como nasceu Estremoz, no texto de Fernando Frazão.
Estremoz, «vila notável e nobre, sempre leal», título que lhe foi concedido por D. Manuel I, é uma antiga povoação alentejana, por onde passaram todos os conquistadores da península, habitada desde tempos imemoriais.
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História 153 – “A Lenda dos Távoras”

15.12.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir outra lenda escrita por Fernanda Frazão: “A Lenda dos Távoras”
Os dois irmãos D. Tedo e D. Rausendo, que segundo a tradição eram descendentes de Ramiro II de Leão, são protagonistas de um ciclo lendário que busca as suas bases na reconquista cristã anterior à formação do reino de Portucale. A História porém não dá crédito à existência destes dois cavaleiros pelos quais frei Bernardo de Brito mostra um especial carinho na sua Monarquia Lusitana.

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História 150 – “A lenda do Galo de Barcelos”

23.11.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir mais uma lenda escrita por Fernanda Frazão: “O senhor do galo de Barcelos e o milagre do enforcado”
Esta lenda, que corre em Barcelos, está ligada a um antigo padrão de pedra cuja origem se desconhece e que tem de um lado baixos-relevos com a Virgem, S. Paulo, o Sol, a Lua e um dragão, e do outro Cristo crucificado, um galo e Santiago sustentando um enforcado.
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História 149 – “A filha do governador”

16.11.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir uma história recolhida por Ataíde de Oliveira e que fui buscar ao seu livro “Contos Tradicionais do Algarve”. Intitula-se “A filha do Governador”
Tinha um rei um governador de sua confiança.
Este governador casou e sua mulher faleceu quatro anos depois de dar à luz uma criança do sexo feminino.
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História 148 – “A lenda do Santo Servo”

10.11.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Mais uma lenda registada por Fernanda Frazão, desta vez “A lenda do Santo Servo”
Na Câmara de Lobos, na ilha da Madeira, existe um antigo convento de franciscanos, o primeiro a ser construído fora do Funchal, conhecido como Convento de S. Bernardino.
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Palavras 153 – Trindade Coelho

06.11.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Este “Palavras de Ouro” com o número 153 será preenchido com as palavras douradas de Trindade Coelho.
Trindade Coelho, natural de Mogadouro, a sua obra reflete a infância passada em Trás-os-Montes, num ambiente tradicionalista que ele fielmente retrata. O seu estilo natural, a simplicidade e candura de algumas das suas personagens, fazem de Trindade Coelho um dos mestres do conto rústico português de que hoje vamos ouvir um exemplo.
Se deseja ler o texto enquanto o ouve, clique AQUI.

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História 147 – A lenda de Seteais

03.11.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir a lenda de Seteais, uma recolha de Fernanda Frazão.

Seteais é um dos mais belos recantos da serra de Sintra.

Quando, em 1147, Afonso Henriques e os cruzados estrangeiros conquistaram Lisboa, Sintra rendeu-se sem resistência, porque ficava a partir de então isolada do restante território árabe. Os mouros da localidade alcançaram continuar em paz na região, que, tal como agora, era fertilíssima e agradável.
Se queres ler a história ao mesmo tempo que a ouves, clica AQUI.

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História 146 – “A rainha infiel”

25.10.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir, neste programa, a história “A Rainha Infiel”, que fui buscar ao livro de Xavier Ataíde de Oliveira, “Histórias tradicionais do Algarve”
Havia uma viúva muito pobre, que tinha uma filha, que trabalhava em serviços de costura. Um dia, estava ausente sua mãe, foi ela ao quintal e assomou-se a um poço.
Se quiseres ler a história enquanto a ouves, clica AQUI.

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História 145 – “Lenda de Maia”

19.10.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

“Lenda de Maia” é o nome da lenda eu vamos ouvir, escrita por Fernanda Frazão.
Sobre as ruínas de uma antiga povoação, chamada em tempos longínquos Ammaya, nasceu, pela mão de D. Afonso III, a pequena jóia arquitetónica que é Portalegre. Diz-se que a antiga Ammaya foi destruída primitivamente pelos bárbaros do Norte, e mais tarde, arrasada pelos Mouros. O que dela restou então foi alternadamente habitado por mouros e cristãos nesses tempos da Reconquista, até que as populações abandonaram o local por demais devastado por algaradas e fossados.
Segundo uma velha lenda, Ammaya fora fundada, mil e trezentos anos antes de Cristo, em honra de Maia, filha de Lísias. Mas vejamos o que conta a tradição.
Se quiseres ler a história ao mesmo tempo que a ouves, clica AQUI.

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História 144 – “A lenda da Serra da Estrela”

12.10.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Hoje, outra lenda escrita por Fernanda Frazão, “A Lenda da Serra da Estrela”
Era uma vez um jovem pastor que vivia numa longínqua aldeia. Por único amigo tinha um cachorrinho, que nas longas noites de solidão se deitava a seus pés sem esperar nenhum gesto, nenhuma palavra. Sofria este pastor de uma estranha inquietação: cismava alcançar uma serra enorme que via muito ao longe, ver as terras que existiriam para lá da muralha rochosa que constituía o seu horizonte desde que nascera. E muitas noites passava em claro, meditando nesse seu desejo infindável.
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História 142 – Santiago e o Caio

22.09.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir uma lenda escrita por Fernanda Frazão, “Santiago e o Caio”
A lenda que vou contar anda ligada a uma antiga família de Portugal, os Pimentéis de Trás-os-Montes. Consta que este apelido de Pimentel procedeu de uma alcunha imposta pelo rei Afonso III, por volta do ano de 1260, a um moço fidalgo chamado Vasco Martins de Navais, que se evidenciou pela esperteza e celeridade que em tudo mostrava.
Se queres ler a história enquanto a ouves, clica AQUI

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História 139 – “O cão e a parede”

27.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir duas pequenas histórias recolhidas por Ataíde de Oliveira. 
A primeira chama-se “O cão e a parede” e a segunda, “Dois compadres”
Se queres ler as histórias ao mesmo tempo que as ouves, clica AQUI.

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“Peregrinação” – Fernão M. Pinto – VIII Capítulo

21.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vinte e quatro dias, durante os quais convalesceram os feridos, nos demorámos no rio de Tinlau. Partimos, em seguida, para invernar em Liampó, mas no caminho à altura da ponta de Micuí, fomos apanhados por um temporal de grossos chuveiros e mares procelosos, tão medonho, que as embarcações da nossa pequena armada se perderam logo da vista umas das outras.

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História 137 – “A Lenda de Mileu”

13.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Mais uma lenda recolhida por Fernanda Frazão: a Lenda de Mileu.

Perto de Estremoz existe uma localidade chamada Veiros que, em tempos medievais, foi bem mais importante do que aquela cidade. Situada num ponto alto, na margem da ribeira de Ana Loura, possuía um forte castelo, cuja primitiva edificação se terá devido aos Romanos.
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História 136 – “Duas perdizes”

06.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Porque são pequenas, vamos ouvir não uma, mas duas histórias. Fui busca-las às “Histórias tradicionais do Algarve” de Ataíde de Oliveira
Se quiseres ler a história enquanto a ouves, clica AQUI

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“Peregrinação” de Fernão M. Pinto – VI Capítulo

06.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Sete meses e meio eram decorridos depois que nos baldeávamos nesta enseada da Cochinchina. de rio para rio, de porto para porto, de norte a sul e inversa, sem notícias do fantástico pirata. E, um belo dia, os soldados, enfadados com vida assim errante e inquieta, juntaram-se a requerer de António de Faria o quinhão que lhes competia segundo o estipulado, pois queriam voltar para a índia ou para onde muito bem lhes apetecesse.
Adaptação de Aquilino Ribeiro. Produção do Estúdio Raposa. Voz de Luís Gaspar.

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História 135 – “As Mouras do Rio Seco”

01.07.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Mais uma lenda recolhida por Fernanda Frazão e descoberta no seu livro “Lendas Portuguesas”.
Muito próximo de Faro existe o leito de um rio, o rio Seco, como lhe chamam as gentes, que é tido e havido como a principal sede de mouros e mouras encantados nos arredores daquela cidade. No tempo da conquista do Algarve, porém, ainda esse rio corria manso para o oceano, possibilitando a sua utilização plena pelos mouros da região, que, logicamente, o usaram para os seus encantamentos, como vamos ver.
Se queres ler a história enquanto a ouves, clica AQUI.

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