Maria Teresa Horta – “Modo de Amar”

04.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

teresa

Modo de amar – I

Lambe-me os seios
desmancha-me a loucura
usa-me as coxas
devasta-me o umbigo
abre-me as pernas põe-nas
nos teus ombros
e lentamente faz o que te digo:

Modo de amar – II

Por-me-ás de borco,
assim inclinada …

a nuca a descoberto,
o corpo em movimento …

a testa a tocar
a almofada,
que os cabelos afloram,
tempo a tempo …
Por-me-ás de borco; Digo:
ajoelhada …

as pernas longas
firmadas no lençol ..

e não há nada, meu amor,
já nada, que não façamos
como quem consome …

(Por-me-ás de borco,
assim inclinada …
os meus seios pendentes
nas tuas mãos fechadas.)

Modo de amar III

É bom nadar assim
em cima do teu corpo
enquanto tu mergulhas
já dentro do meu
Ambos piscinas que a nado
atravessamos
de costas tu meu amor de bruços eu

Modo de amar – IV

Encostada de costas
ao teu peito
em leque as pernas
abertas
o ventre inclinado
ambos de pé
formando lentos gestos
as sombras brandas
tombadas
no soalho

Modo de amar – V

Docemente amor
ainda docemente
o tacto é pouco
e curvo sob os lábios
e se um anel no corpo é saliente
digamos que é da pedra em que se rasga
Opala enorme e morna
tão fremente
dália suposta
sob o calor da carne
lábios cedidos
de pétalas dormentes
Louca ametista
com odores de tarde
Avidamente amor
com desespero e calma
as mãos subindo
pela cintura dada
aos dedos puros numa aridez de praia
que a curvam loucos até ao chão da sala
Ferozmente amor com torpidez e raiva
as ancas descendo como cabras tão estreitas e duras
que desarmam
a tepidez das minhas que se abrem
E logo os ombros descaem
e os cabelos
desfalecem as coxas que retomam das tuas
o pecado
e o vencê-lo
em cada movimento em que se domam
Suavemente agora velozmente
os rins suspensos os pulsos
e as espáduas
o ventre erecto enquanto vai crescendo
planta viva entre as minhas nádegas

Modo de amar – VI

Inclina os ombros e deixa
que as minhas mãos avancem na branda madeira

Na densa madeixa do teu ventre
Deixa
que te entreabra as pernas docemente

Modo de amar – VII

Secreto o nó na curva do meu espasmo
E o cume mais claro dos joelhos
que desdobrados jorram dos espelhos
ou dos teus ombros os meus: flancos
na luz de maio

Modo de amar – VIII

Que macias as pernas na penumbra
e as ancas subidas
nos dedos que as desviam
Entreabro devagar a fenda – o fundo a febre
dos meus lábios
e a tua língua Vagarosa:
toma – morde lambe
essa humidade esguia

Modo de amar – IX

Enlaçam as pernas as pernas
e as ancas
o ar estagnado que se estende no quarto
As pernas que se deitam ao comprido
sob as pernas
E sobre as pernas vencem o gemido
Flor nascida no vagar do quarto

Modo de amar – X

A praia da memória
a sulcos feita
a partir da cintura:
a boca
os ombros
na tua mansa língua que caminha
a abrir-me devagar
a pouco e pouco
Globo onde a sede
se eterniza
Piscina onde o tempo se desmancha
a anca pousada
que inclinas
as pernas retesadas que levantas
E logo
são os dentes que limitam
mas logo
estão os lábios que adormentam
no quente retomar de uma saliva
que me penetra em vácuo
até ao ventre
o vínculo do vento
a vastidão do tempo
o vício dos dedos
no cabelo
E o rigor dos corpos
que já esquece
na mais lenta maneira de vencê-los

Modo de amar – XI

Nunca adormece a boca
no teu peito
a minha boca no teu baixo
ventre
a beber devagar o que
é desfeito

Modo de amar – XII

Tenho nas mãos
teus testículos
e a boca já tão perto
que deles te sinto
o vício
num gosto de vinho aberto

Modo de amar – XIII


São as pedras
meus seios
São as pernas
pele e brandura no interior dos
lábios
rosa de leite
que sobe devagar
na doce pedra
do muco dos meus lábios
São as pedras
meus seios
São as pernas
Pêssegos nus
no corpo
descascados
Saliva acesa
que a língua vai cedendo
o gozo em cima … a pedra dos meus
lábios
Jogo do corpo
a roçar o tempo
que já passado só se de memória,
a mão dolente
como quem masturba entre os joelhos …
uma longa história …
Estrada ocupada
onde se vislumbra
(joelhos desviados na almofada)
assim aberta o fim de que desfruta
fruto do odor
fundo todo
do corpo já fechado.

Modo de amar – XIV

São grinaldas de rosas
à roda
dos joelhos
O ambar dos teus dentes
nos sentidos
O templo da boca
no côncavo do espelho
onde o meu corpo espia
os teus gemidos
É o gomo depois …
e em seguida a polpa …
o penetrar do dedo …
punho do punhal
que na carne enterras
docemente
como quem adormenta
o que é fatal
É a urze debaixo
e o lodo que acalenta
o peixe
que desliza no umbigo
piscina funda
na boca mais sedenta
bordada a cuspo
na pele do umbigo
E se desdigo a febre
dos teus olhos
logo me entrego à febre
do teu ventre
que vai vencendo
as rosas — os escolhos
à roda dos joelhos,
docemente.

Modo de amar XV

Entreabre-se a boca
na saliva da rosa
no raso da fenda
na finura das pernas
Entreabre-se a rosa
na boca que descerra
no topo do corpo
a rosa entreaberta
E prolonga-se a haste
a língua na fissura
na boca da rosa
na caverna das pernas
que aí se entre-curva
se afunda
se perde
se entreabre a rosa
entre a boca
das pétalas

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David Mourão-Ferreira – “Respira Não Fales”

07.03.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

nadegas

Entre as duas nádegas 

o pávido sulco
tem aroma de áfricas 

e de uvas de outubro

Dirias que fora 

um silvo de morte 

a penetrar toda
a nocturna flora
até hoje intacta
que ainda aí tinhas

Respira Não fales

Murmura Não grites

Que travo de amoras

Que túnel escuro
Que paz no que sofres 

por mais uns minutos

o pescoço vergas 
submissa e frágil

tal o de uma égua 
que vai beber água
mas encontra a lua 


E junto da cama
a rosa viúva
com lágrimas brancas
já pede a meus dedos 

sacudido apoio
para a viuvez
em que a deixo hoje

Muito mais a norte 

os queixumes calas
E nem gemes
Gozas 
enquanto te invade
o suco da vara 
vertido no sulco

Vê como foi fácil

Respira mais fundo

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Cristina Guedes – “Tocar-me te”

30.03.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar



dedos devorando pressa e tempo

urgência desejo, arfar, corrida

negação da paz esta guerra

fúria que exige ser combatida.

fechar os olhos ter-te onde o desejo queima mais perto

fonte generosa, drink indigesto

testa em brasa, beber-te

toco o orgasmo e esgoto o cio

apalpo o meu seio, ardente de frio

invento beijos, flagelo hemisférios

provoco-me, então, o doce arrepio

vibramos os dois, em camas diferentes,

no vazio do nosso leito

combato alguns dos teus medos, ainda sinto o teu coração correr

qual cavalo, no meu peito entre o lençol de algodão

e agora já calmos, os teus nos meus dedos.

masturbação.

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Poesia 51 – Casimiro de Brito (3)

14.09.2011 | Produção e voz: Luís Gaspar

Mais um programa de poesia erótica, o terceiro, com poesia de Casimiro de Brito.
Há quem diga, e quem sou eu para duvidar, que Casimiro de Brito e David Mourão-Ferreira são os dois grandes poetas do erotismo, na poesia portuguesa.
Até pode ser verdade, agora o que nem um nem o outro são, apenas, trovadores do erotismo. Como poetas, são muito mais do que isso.
Se quer ler o texto do programa e dos poemas, clique AQUI.

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Poesia 50 – “Desafios em fusão”

20.10.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

O programa de hoje vai ser preenchido com excertos do livro “Desafios em Fusão” de Anna Ruta e Rui Reis, coletânea de textos trocados entre os autores separados, em países diferentes.
As palavras que vão anteceder a leitura dos textos são de de Paulo Afonso Ramos e fazem parte da nota introdutória do livro.
Se desejar ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI.

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Poesia 49 – Luísa Demétrio Raposo

10.09.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

“O erotismo, 
por vezes por capricho humano, 
é usado com certeza ornamental…
Mas…
Como de todas as certezas nasce o engano, só a incerteza é puramente natural! 
O erotismo dentro, em nós invoca…
Na sua vastíssima boca,
uma expressão única e sexualmente louca…! “
Palavras de Luísa Demétrio Raposo, a autora cuja poesia vamos ouvir neste programa.

Se deseja ler o programa enquanto o ouve, clique AQUI

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Décima Terceira HORA

07.05.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Com os seguintes poetas: Affonso Romano, 1 poema, Alexandre O’Neill, 1 poema, Alvares Azevedo, 1 poema, Antero de Quental, 1 poema, António Botto, 5 poemas, Claudia Marczak, 1 poema, Ernesto Melo e Castro, 5 poemas, Gui de Maupassant, 1 texto, Gustave Flaubert, 1 texto, Jean Everaets, 3 poemas, Judith Teixeira, 5 poemas, Rosa Lobato Faria, 1 poema, Salvador Pliego, 1 poema e Vera Silva, 5 poemas.
Todos os poemas já apresentados em “Poesia Erótica”.

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Poesia 48 – Natália Bonnaud Nunes

07.04.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Neste programa, poesia de Natália Bonnaud Nunes.
Mais uma autora que chega ao Estúdio Raposa através do Facebook.
“Foi através da nossa “amizade” no Facebook que conheci o vosso trabalho, que me interessou bastante.” – diz Natália Bonnaud Nunes
.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI.

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Poesia 45 – “Porosidade Etérea I”

11.02.2010 | Produção e voz: Luís Gaspar

Porosidade Etérea”, o blogue da Inês Ramos pela segunda vez no “Poesia Erótica”.
Se desejar ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI.

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Poesia 44 – Maria Escritos

16.12.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir, neste programa, poesia de Maria Escritos.
Maria Escritos é pseudónimo de Paula Maria da Rocha Moreira. Natural de Sto Ildefonso – Porto, adoptou a Póvoa de Varzim para sua residência.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o lê, clique AQUI

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Poesia 43 – Joana Well

09.10.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir, no programa de hoje, Joana Well, uma poeta que ainda não chegou às estrelas.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI

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Poesia 41 – Poemas da Índia Antiga

16.07.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Poesia erótica escrita há 1.000 anos, atribuída a Bilhana, poeta que terá vivido no sec. XI, em Caxemira.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve clique AQUI

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Poesia 39 – David Mourão-Ferreira

30.05.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Pela segunda vez em Poesia Erótica, vamos ouvir poemas de autoria de David Mourão-Ferreira.

Da primeira vez, exactamente no Poesia Erótica 9 (este tem o número 39) li poemas de David Mourão-Ferreira retirados do livro “Música de Cama”, editado pela Presença. Hesitei se o título deste programa deveria ser “Música de Cama 2” ou o nome do poeta. Decidi pelo nome do autor, que é afinal, que pretendo referir embora, sempre numa perspetiva de divulgação, o editor tem de ser mencionado. Já foi e pronto, passemos a diante.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI

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Poesia 38 – Florbela Espanca

09.05.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

O programa de hoje vai ser preenchido com 5 sonetos de Florbela Espanca.
Florbela Espanca nasceu no Alentejo, em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894.
Desde o seu nascimento, a infância de Florbela rodeou-se de circunstâncias invulgares.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve, clique AQUI

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Poesia 37 – “Século de Ouro Espanhol”

11.04.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Como não poderia deixar de ser o Século de Ouro Espanhol correspondente aos reinados de Carlos V e Filipe II (a acabou por ser I de Portugal) foi um período que se estende da segunda metade do século XVI e século XVII, e onde, em paralelo com o poder político, as artes, e em especial a literatura floresceu e tomou grande altura.
Neste programa ouviremos poesia erótica desse período.
Se quiser ler o programa ao mesmo tempo que o ouve, clique AQUI.

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Vera Silva comenta “Poesia Erótica 33”

05.01.2009 | Produção e voz: Luís Gaspar

Meu querido Luís Gaspar,

eu estou para lhe responder desde que ouvi o programa, mas eu, que tenho por vezes tantas palavras, perdi-as e não sei que lhe diga…
A sua voz é indescritível e a forma como lê os poemas torna-os mágicos. Normalmente acho que o que escrevo não tem muita qualidade, mas lidos por si, ganharam um brilho fantástico.
Muito lhe agradeço o seu fantástico trabalho.
Infelizmente a poesia erótica é muitas vezes confundida com pornografia e há pessoas que quando vêm um poema classificado como erótico nem sequer o abrem, quando muitas vezes têm apenas um toque de sensualidade mais acentuada. Como mulher gosto de ler, e muito especialmente de o ouvir, neste contexto. Talvez seja uma forma de se mudarem gradualmente as mentalidades.
Obrigada por tudo.

Um beijo grande de uma fã incondicional e votos de um feliz Natal

Vera

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Erótica 33 – Vera Silva

13.12.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

O programa de hoje é preenchido com poesia de Vera Silva.
Se deseja ler o texto do programa enquanto o ouve clique AQUI

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Erótica 31 – “O Navegador da Passagem”

09.10.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Neste Poesia Erótica, ouviremos um excerto de “O Navegador da Passagem” novo livro de Deana Barroqueiro, uma autora que tem emprestado alguns dos seus belos textos, a este espaço do Estúdio Raposa.
Se deseja ler o texto do programa ao mesmo tempo que o ouve, clique AQUI
(Para ver um vídeo em que a autora apresenta o seu livro, clique AQUI)

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Erótica 29 – “Menina Marota – Um desnudar…”

25.07.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Cada um de nós constrói o seu próprio conceito do que é pornografia e do que é erotismo, de acordo com a sua sensibilidade. Cada um de nós estabelecerá as fronteiras entre um e outro território. O que para uns não passará de um acto pornográfico, para outros trata-se-à do mais puro erotismo, com as respectivas condenações ou absolvições.
Otília Martel (conhecida na blogosfera por Menina Marota) não permite, com a sua poesia, grandes divergências de opinião. As suas palavras transformadas em poema, não oferecerão qualquer dúvida sobre o terreno que pisam: puro erotismo.

Se quiser acompanhar a audição com a leitura do programa clique AQUI.

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Erótica 22 – porosidade etérea

08.04.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Verdade incontroversa: a Internet e, em particular, o movimento bloguista trouxe à luz do dia um número incalculável de autores e de leitores.
A maioria, julgo, são autores que, ou não escreviam ou faziam-no para a gaveta. Muitos dos já consagrados não desdenham usar a blogosfera para mais rapidamente chegarem aos seus leitores antecipando ou mesmo ultrapassando a edição em livro.
Na literatura, em geral, e na poesia em particular, a expansão, o interesse cresce em progressão geométrica graças à Internet. Um dos resultados desse interesse, já o disse, é o espaço cada vez maior dedicado, nas livrarias, aos livros de poesia.
Há outros blogues que, não mostrando produção própria, têm como objectivo, divulgar quem escreve: consagrados ou recém chegados. Entre centenas de casos destaco o blogue da Inês Ramos a que deu o título de porosidade etérea onde se fala da poesia em todas as suas vertentes: poemas, eventos, notícias, efemérides, concursos, biografias de poetas, lançamento de livros, declamações, enfim, um autêntico magazine , no caso webzine, dedicado à poesia. Neste magnífico trabalho da Inês Ramos, destacam-se ainda os convites que, de vez em quando, dirige aos poetas seus visitantes para lhe enviarem trabalhos subordinados a um tema ou um género. Sem júris nem complicações adjacentes acaba por seleccionar um trabalho e dá-lhe o nome de “vencedor” cujo prémio passa pela sua sonorização.

Se quer ouvir o programa ao mesmo tempo que lê o texto, terá de abrir duas páginas do seu browser e numa delas, carregar AQUI e na outra ouvir o programa.

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Erótica 19 – 3POEMAS3

06.03.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Não é fácil, não é nada fácil, encontrar literatura erótica ( poesia e prosa). Refiro-me a textos cuja qualidade literária se sobreponha ao próprio erotismo. Literatura sem qualidade cai, frequentemente, no pornográfico e este espaço quere-se, apenas, no domínio do erotismo.
Poesia erótica, como a que vamos ouvir neste programa, de três autores, são o exemplo do que pretendo dizer. São eles, Carlos Drummond de Andrade, Natália Correia e David Mourão-Ferreira.

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Erótica 15 – Aquela Noite – António Melenas

11.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

António (Melenas) Gouveia não é um novato a escrever. Desde muito novo, que trata a prosa e a poesia por tu embora nunca se tenha interessado em publicar o seu trabalho. Acontece, porém, que a Internet lhe veio dar a possibilidade de fazer chegar os seus textos a um grande número de leitores.

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Erótica 14 – O sacrifício dos circuncisos

25.11.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Encantada pelo erotismo fortíssimo de inúmeras pequenas crónicas do Antigo Testamento, Deana Barroqueiro quis rescrever algumas dessas histórias, como um cronista desse tempo de antanho, um pouco céptico, sem crenças em Baal ou Jahweh, interessado em recriar essa sociedade de pastores nómadas que formaram as tribos de Judá e Israel.

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Erótica 13 – Modo de Amar

01.11.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Vamos ouvir neste programa a poesia carregada de erotismo de Maria Teresa Horta.

Maria Teresa Horta foi estudante de Letras na Universidade de Lisboa. Fez parte do grupo Poesia 61, tendo colaborado em múltiplos jornais e revistas, (Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Jornal de Letras e Artes, Hidra 1, Expresso, entre outros) e foi chefe de redacção da revista Mulheres.
Exerceu uma acção cultural intensa, nomeadamente no cineclubismo, onde foi a primeira mulher dirigente.
Militou com empenhamento nos movimentos de emancipação da mulher, motivação fulcral da sua personalidade inconformista e desenvolta.

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Erótica 12 – Púbis rosado

04.10.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Sexualidade, erotismo, homossexualidade, e até mesmo a pornografia deixaram de ser tabus, no modelo de sociedade em que vivemos. Mas deixar de ser tabu não significa portas abertas a estes sectores de comportamento. Coisas tão inocentes como este audioblogue não deixa de receber, aqui e ali, umas dentaditas da moral pública.
Apesar disso e quem sabe se por causa disso o irmão mais velho do Poesia Erótica, o Estúdio Raposa, já fez dois programas inteiramente dedicados a dois autores cuja obra sofreu severos ataques dos vigilantes da moral pública. Trata-se de António Botto e Judith Teixeira com obra assumida como homossexuais.
E é uma história que envolve o amor lésbico que hoje vamos ouvir, de autoria de Isabel Mendes Ferreira .

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Erótica 10 – O Crime do Padre Amaro

29.08.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Eça de Queirós é um dos mais famosos escritores portugueses pouco reconhecido como um autor de páginas eróticas. Porém, escreveu dois dos romances da nossa literatura, modernamente considerados como dos trabalhos mais carregados de erotismo. Refiro-me ao Crime do Padre Amaro e ao Primo Basílio.

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Erótica 09 – Música de Cama I

24.07.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

“Música de Cama”, colectânea da poesia erótica de David Mourão-Ferreira, editada pela Presença, foi apenas um dos quatro livros que uma ouvinte amiga e admiradora deste trabalho me ofereceu, recentemente.
Não lhe posso mencionar o nome: deixaria de me falar e sobre mim aspergiria o filtro do esquecimento e assopraria a poeira dourada que nos cobre. Não lhe mencionarei o nome mas dedicar-lhe-ei este programa, homenagem singela à simpatia que me dedica.

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Satírica 08 – P.I.C.H.A.

14.07.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

“It’s P.I.C.H.A., stupid, not picha” – said the President.
Em tempo de férias, tal como fazem jornais, televisões e rádios, este podcast vai ao baú das antiguidades e recupera, recupera.
E recuperou um satírico texto de autoria de Encandescente , uma das mais populares autoras da Internet, já com três livros publicados.
Neste programa, por cortesia do “Estúdio Raposa” voltamos a ouvir, de Encandescente, P.I.C.H.A.

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Erótica 07 – O Cântico dos Cânticos

03.07.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

A Bíblia Sagrada, no que diz respeito ao Antigo Testamento, contém sete livros, chamados os Livros Sapienciais. São sete: Job, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
Dos sete, o mais conhecido, talvez o mais divulgado, seja o poema Cântico dos Cânticos pela simples razão que interessa muito para além da religião.

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Erótica 06 – A Espada na Panela

26.06.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Abu Novas, de seu nome completo Al-Hassan Aben Hani Al-Hakami Abu Novas nasceu c. 750 em Ahwaz, na Pérsia, filho de pai árabe e de mãe persa. Educou-se em Basra e em Cufa, então dos centros culturais mais importantes do Oriente muçulmano, e viveu depois longamente na corte do califa Harun Al-Rashid (c. 786-809), cujo reinado de
notável administração e esplêndida cultura as mais tardias Mil e Uma Noites tornaram brilhantemente lendário.

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