Ana Paula Lavado – “Nenhum verso…”
10.04.2012
Nenhum verso fala de mim
nem do que eu penso
nem do que eu sinto
nem do que eu sou.
Na realidade,
as palavras são apenas
um jogo de letras
mais ou menos cinzelado
ao gosto de cada um.
E poucos, muito poucos
fazem delas seres vivos e humanos.
Eu não lhes dou vida.
Trabalho-as com mais ou menos nexo
ou talvez sem nexo,
porque dele não sinto falta
nem faz falta o que sou!
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