Nota biográfica

Música para quem gosta de POP. Texto e seleção musical de Luís Pinto.

Verdi – “Ária da ópera O Trovador”

15.12.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Música para quem gosta de POP.

Já aqui falámos de Giuseppe Verdi quando transmitimos a ária “Va Pensiero” da ópera Nabuco.
Hoje voltamos a ouvir um dos maiores compositores do teatro lírico de todos os tempos.
Verdi veio ao mundo no dia 9 de Outubro de 1813 num lugarejo praticamente desconhecido no Ducado de Parma e, como a região ainda se encontrava dominada pela administração francesa, foi baptizado com um nome francês (Joseph Fortunin François). Às portas do seu primeiro ano de vida a sua existência foi seriamente abalada e, se não fora sua mãe esconder-se com ele no alto duma torre, tinha perecido às mãos da soldadesca áustro-russa que entrou de rompante na sua aldeia natal, expulsou os Franceses e dizimou a população civil.
Talvez este episódio tivesse incutido na criança um espírito de revolta. Havia que unificar a sua Itália e o compositor identificou-se com o “Movimento pela Unidade Italiana”.
O grito de guerra “VIVA VERDI” escreveu-se pelas paredes de todas as aldeias e cidades do norte de Itália dominado pelos Austríacos. Estes não se aperceberam que esta bonita frase não era propriamente para aclamar o compositor, mas o rei que Itália inteira queria no trono: Vittorio Emmanuele Re D’Italia – “V.E.R.D.I.”
Hoje vamos ouvir uma ária para coral da ópera “O Trovador”, estreada no Teatro Apolo de Roma em 19 de Janeiro de 1853. A estreia triunfal deste trabalho foi rodeada por um episódio quase absurdo. Os censores eclesiásticos alarmados histericamente com o suicídio de Leonora não se calavam; e foi retirada a cena onde a principal personagem feminina bebia o veneno muito bem guardado no seu anel. Remédio santo.

Ouvimos, Música para quem gosta de POP, hoje com Verdi.

(Coro e Orquestra de Budapeste, conduzida por Josif Conta)

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Verdi – “Nabuco”

28.08.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar

Música para quem gosta de POP

Falemos hoje de Verdi, do grande Giuseppe Verdi.
Já aos 12 anos este génio tocava órgão numa igreja de Le Roncole pequena aldeia no norte de Itália, enquanto estudava flauta, clarinete baixo, trompa e piano.
Em 1839, no Teatro de La Scala estreou com grande êxito a sua primeira ópera “Oberto”.
Entretanto passou por terríveis contratempos; a morte dos seus dois filhos e da própria mulher que adorava.
A depressão abalou profundamente o compositor, mas o director do Scala encomenda-lhe  uma ópera baseada num episódio bíblico relacionado com o cativeiro dos judeus nos tempos de Nabucodonosor. Assim nasceu “Nabuco” que o tornou famoso de um dia para o outro.
Giuseppe Verdi não brincava aos “corais” e nesse tema para coral e orquestra que hoje vamos ouvir (Vai, pensamento, sobre asas douradas), é bem audível a força brutal dum conjunto de 4 vozes (Sopranos, Mezzos, Tenores e Baixos) onde não existem estrelas; apenas muitas vozes que se complementam.
Falaremos ainda deste compositor numa próxima oportunidade para notarmos da importância do nome “VERDI” num grito nacionalista que levou à unificação da Itália.
Antes de morrer Giuseppe pediu a maior simplicidade nas suas exéquias, mas a multidão que invadiu o cemitério milanês entoou este comovente coro de Nabuco.
Fiquemos pois com “Va pensiero” interpretado pelo coro e orquestra de Budapeste.

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