Nota biográfica

Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) foi um trovador da primeira metade do século XII, de origem da pequena nobreza galega. Foi o autor da célebre Cantiga da garvaia, durante muito tempo considerada a primeira obra poética em língua galaico-portuguesa.

Paio Soares Taveirós – “Ribeirinha”

23.05.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

soares_coelho

Português moderno

No mundo não conheço
ninguém igual a mim,
enquanto acontecer o
que me aconteceu,
pois eu morro por vós e ai!
Minha senhora alva e rosada,
quereis que vos lembre
que já vos vi na intimidade!
Em mau dia eu me levantei
Pois vi que não sois feia!

E, minha senhora
desde aquele dia, ai!
Venho sofrendo de um grande mal
enquanto vós, filha de dom Paio
Muniz, a julgar forçoso
que eu lhe cubra com o manto
pois eu, minha senhora
nunca recebi de vós
a coisa mais insignificante.

Português antigo

No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me uay,
ca iá moiro por uos – e ay!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que uos retraya
quando us eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uus enton non ui fez!

E, mia senhor, des aquel di’ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d’auer eu por uos guaruaya,
pois eu, mia senhor, d’alfaya
nunca de uos ouue nen ei
valia d’ua correr…

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Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

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Martin de Grijó – “Se me aprazer…”

11.05.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

soares_coelho

Português moderno:

Se vos aprazer, mãe, hoje este dia
irei hoje eu fazer oração,
e chorar muito em Santa Cecília
destes meus olhos e de coração
pois morro eu, mãe, por meu amigo,
e ele morre por falar comigo.

Se vos aprouver, mãe, deste modo
irei lá minhas candeias queimar
e com o meu manto e a minha camisa
a Santa Cecília ante o seu altar,
pois morro eu, mãe, por meu amigo,
e ele morre por falar comigo.

Se me deixardes, minha mãe, lá ir,
dir-vos-ei agora o que vos farei:
prometo sempre já de vos servir
e desta ida mui alegre virei,
pois morro eu, mãe, por meu amigo,
e ele morre por falar comigo

Português antigo

Se uos prouguer, madr’, oj’ este dia
hirey oj’ eu fazer oraçon,
e chorar muit’en Saneta Ceçília
destes meus olhos e de coraçon
ca moyr’eu, madre, por meu amigo,
e el morre por falar comigo.

Se uos prouguer, madre, desta guisa
hirei alá mhas candeas queimar
eno meu mant’ e na mha camisa
a Saneta Ceçilia ant’ o seu altar,
ca moyr’eu, madre, por meu amigo,
e el morre por falar comigo.

Se me leixardes, mha madr’, ala’ hir,
direi-uos ora o que uos farey:
punharey sempre já de uos seruir
e desta hida mui leda uerrey,
ca moyr’eu, madre, por meu amigo,
e el morre por falar comigo.

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Jorge Aguiar – “Esforça meu coração…”

03.05.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

soares_coelho

Português moderno

Esforça meu coração,
não te mates, se quiseres:
lembra-te que são mulheres.

Lembra-te qu’está por nascer
uma que não errasse;
lembra-te que seu prazer,
por bondade e merecer,
não vi quem dele gostasse.
Pois não te dês a paixão,
toma prazer, se puderes
lembra-te que são mulheres.

Descansa, triste, descansa,
que seus males são vinganças;
tuas lágrimas amansa,
deix’ as suas esperanças;
porque, pois nascem sem razão,
nunca por ela lh’ esperes;
lembra-te que são mulheres.

Tuas mui grandes firmezas,
tuas grandes perdições,
suas desleais naturezas
causaram tuas tristezas,
Pois não te mates em vão,
que, quanto mais as quiseres,
lembra-te que são mulheres.

Que te presta padecer,
que t’ aproveita chorar,
pois nunc’ outras hão de ser,
nem são nunca de mudar?
Deixa-as com sua natureza,
seu amor nunca lho esperes:
lembra-te que são mulheres.

Não te mates cruamente
por quem fez tão grande falta,
que quem de si não sente,
por ti não lhe dará nada.
Vive, lançando pregão
por onde fores e vieres
que são mulheres, mulheres!

Português antigo

Esforça meu coraçam,
nom te mates, se quiseres:
lembre-te que sam mulheres.

Lembre-te qu’é por nacer
nenhua que nam errasse;
lembre-te que seu prazer,
por bondade e merecer,
nam vi quem dele gostasse.
Pois nam te dês a paixam,
toma prazer, se puderes
lembre-te que sam mulheres
.
Descansa, triste, descansa,
que seus males sam vinganças;
tuas lágrimas amansa,
leix’ as suas esperanças;
ca, pois nacem sem rezam,
nunca por ela lh’ esperes;
lembre-te que sam mulheres.

Tuas mui grandes firmezas,
tuas grandes perdições,
suas desleais nações
causaram tuas tristezas,
Pois nam te mates em vão,
que, quanto mais as quiseres,
verás que sam as mulheres.

Que te presta padecer,
que t’ aproveita chorar,
pois nunc’ outras ham de ser,
nem sam nunca de mudar?
Deyx’ as com sua naçam,
seu bem nunca lho esperes:
lembre-te que sam mulheres.

Nam te mates cruamente
por quem fêz tam grande errada,
que quem de si nam sente,
por ti nam lhe dará nada.
Vive, lançando pregam
por u fores e vieres
que sam molheres, mulheres!

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João Zorro – “Pela ribeira do rio”

29.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

besteiros

Português moderno

Pela ribeira do rio
vi remar o navio,
e tenho gosto na ribeira.

Pela ribeira do alto
vi remar o barco,
e tenho gosto na ribeira.

Vi remar o navio
onde vai o meu amigo,
e tenho gosto na ribeira.

Vi remar o barco
onde vai o meu amado,
e tenho gosto na ribeira.

Onde vai o meu amigo,
quer-me levar consigo,
e tenho gosto na ribeira.

Onde vai o meu amado,
quer-me levar de bom grado,
e tenho gosto na ribeira.

Português antigo

Per ribeira do rio
vi remar o navio,
e sabor ey da ribeira.

Per ribeyra do alto
vi remar o barco,
e sabor ey da ribeira.

Vy remar o nauio
u uay o meu amigo,
e sabor ey da ribeira.

Vy remar o barco
u uay o meu amado,
e sabor ey da ribeira.

U uay o meu amigo,
quer-me leuar consigo,
e sabor ey da ribeira.

U uay o meu amado,
quer-me levar de grado,
e sabor ey da ribeyra.

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João Soares Coelho – “Luzia Sanchez”

22.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

soares_coelho

Português moderno

Luzia Sánchez, estais em grande falta
comigo, que nom fodo mais nada senão
uma vez; e, pois fodo, se Deus me valer
fique disso afrontado bem por três dias.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.

Vejo-vos deitar comigo muito defraudada,
Luzia Sánchez, porque não fodo nada;
mas se eu com isso vos satisfizesse,
pois eu foder não posso, peidar-vos-ia.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.

Deu-me o Demo esta pissuça cativa,
que já nem pode cuspir saíva
e, de certo, parece mais morta que viva,
e se lh’ardess’a casa, não s’ergueria.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.

Deitaram-vos comigo para mal dos meus pecados
pensais de mi coisas tão desconcertadas,
cuidais dos colhões, que tragu’inchados,
porque o são com foder e é com doenças
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.

Português antigo

Luzia Sánchez, jazedes em gram falha
comigo, que nom fodo mais nemigalha
d’ua vez; e, pois fodo, se Deus mi valha
fiqu’end’afrontado bem por tercer dia.
Par Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu foder-vos podesse, foder-vos-ia.

Vejo-vos jazer migo muit’aguada,
Luzia Sánchez, porque nom fodo nada;
mais se eu vos per i houvesse pagada,
pois eu foder nomposso, peer-vos-ia.
Par Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu foder-vos podesse, foder-vos-ia.

Deu-mi o Demo esta pissuça cativa,
que já nom pode sol cospir saíva
e, de pram, semelha mais morta ca viva,
e se lh’ardess’a casa, nom s’ergeria.
Par Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu foder-vos podesse, foder-vos-ia.

Deitarom-vos comigo os meus pecados;
cuidades de mi preitos tam desguisados,
cuidades dos colhões, que tragu’inchados,
ca o som com foder e é com maloutia
Par Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu foder-vos podesse, foder-vos-ia.

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João Garcia de Guilhade – “Reparastes…”

20.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

Captura de ecrã 2016-04-20, às 00.13.14

Português moderno

Reparastes, donas, que no outro dia
o meu namorado, comigo falou
Como se queixava? Tanto se queixou
que lhe dei o cinto.
Dei-lhe o que podia:
e pede-me agora o que não devia.

Vistes (antes nunca tal coisa se visse!)
que à força de muito, muito se queixar,
fez-me da camisa o cordão tirar:
o cordão lhe dei: no que fiz tolice:
e o que pede agora, antes não pedisse.

Das minhas ofertas, João de Guilhade,
enquanto as quiser, não o privarei,
que muitas e boas, já dele alcancei;
Nem lhe negarei, minha lealdade.
Mas… de outras loucuras, tem ele vontade!

Português antigo

Vistes, mias donas, quando noutro día
o meu amigo comigo falou,
foi mui queixos’e, pero se queixou,
dei-lh’eu entón a cinta que tragía,
mais el demanda-m’or’outra folha.

E vistes (que nunca, nunca tal visse!)
por s’ir queixar, mias donas, tan sen guisa,
fez-mi tirar a corda da camisa
e dei-lh’eu dela ben quanta m’el disse,
mais el demanda-mi al, que non pedisse.

Sempr’haverá don Joán de Guilhade,
mentr’el quiser, amigas, das mias dõas,
ca ja m’end’el muitas deu e mui bõas,
des i terrei-lhi sempre lealdade,
mais el demanda-m’outra torpidade.

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João Garcia de Guilhade – “Que esses meus olhos…”

18.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

cogomilho

Português moderno

Que esses meus olhos, minha senhora,
nunca viram tamanho desgosto que vivo,
E te digo minha bela senhora:
estes meus olhos apaixonados e com grande desgosto
choram e cegam quando te vêem.

Sorte tens de nunca perder
meus olhos apaixonados e meu coração
E esta paixão, minha senhora, são minhas.
Mas os meus olhos por ver alguém
choram e cegam quando estes não os vêem
e depois cegam por alguém que vêem.

E nunca poderei ficar bem,
pois nem o amor e nem Deus me quer.
Mas os meus olhos cativos
morrerão e cegarão, quando não forem vistos
e cegarão por serem vistos também

Português antigo

Estes meus olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr’eu vivo for.
E direi-vos, fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han:
choran e cegan quand’alguén non veen,
e ora cegan per alguén que veen.

Guisado tẽen de nunca perder
meus olhos coita e meu coraçón.
E estas coitas, senhor, minhas son;
mais-los meus olhos, per alguén veer,
choran e cegan quand’alguén non veen,
e ora cegan per alguén que veen.

E nunca ja poderei haver ben,
pois que Amor ja non quer, nen quer Deus.
Mais os cativos destes olhos meus
morrerán sempre por veer alguén:
choran e cegan quand’alguén non veen,
e ora cegan per alguén que veen.

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Fernan Rodriguez Calheiros – “Vedes, formosa senhora…”

12.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

poesia

Português moderno

Vedes, formosa senhora minha,
segurament’ o que farei:
enquanto eu vivo for,
nunca a minha dor vos direi,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Por que vos hei de eu, senhora minha,
dizer nada do meu mal?
Pois disto sou sabedor,
seguramente, sem qualquer dúvida
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Servir-vos-ei eu, senhora minha,
quant’ eu poder, enquanto viver,
mas, pois de coita sofredor
sou, não vo-lo hei de dizer,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer.
Pois eu entendo, senhora minha,
quão pouco proveito me vem
de vos dizer quão grande amor
vos tenho, não vou falar disso,
pois não me haveis de crer,
ainda que me vejais morrer

Português antigo

Uedes, fremosa mha senhor,
segurantent’ o que farey:
en tanto com’ eu uyuo for,
nunca uos mha coyta direy,
ca non m’ auedes a creer,
macar me ueiades morrer.
Por que uos ei eu, mha senhor,
a dizer nada do meu mal?
Pois d’ esto sõo sabedor,
segurament’ u nõ iaz al,
que non m’ auedes a creer,
macar me ueiades morrer.
Seruyr-uos-ey eu, mha senhor,
quant’ eu poder, nientre uiuer,
mays, poys de coyta sofredor
sõo, non uo’ l’ ey a dizer,
ca non m’ auedes a creer,
maçar nue ueiades morrer.
Poys eu entendo, mha senhor,
quan pouco proueito me ten
de uos dizer quã grãd’ amor
uos ey, nõ uos falarei en,
ca non m’ auedes a creer,
maçar me ueiades morrer.

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Fernão Fernandes Cogomilho – “Ai, minha senhora…”

01.04.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

cogomilho

Português moderno

Ai, minha senhora, lume dos olhos meus!
onde vos não vir, dizei-me, por Deus,
que farei eu, que vos sempre amei?

Pois me assim vi, onde vos vejo, morrer,
onde vos não vir, dizei-m’ uma coisa,
que farei eu, que vos sempre amei?

Eu, que nunca outrem soube servir
senão, senhora, vós, e, onde vos não vir,
que farei eu, que vos sempre amei?

Português antigo

Ay, mha senhor, lume dos olhos meus!
hu uos non uir, dizede-mi, por Deus,
que farey eu, que uos sempre amei?

Pois m’assi ui, hu uos uejo, morrer.
hu uos non uir, dizede-m’ ua ren,
que farey eu, que uos sempre amei?

Eu, que nunca outren soube seruir
se non, senhor, uós, e, hu uos non uir,
que farey eu, que uos sempre amei?

Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
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D. Sancho – “Ai eu, coitada”

28.03.2016 | Produção e voz: Luís Gaspar

d_sancho

Português moderno

Ai eu, coitada, como vivo
em grande cuidado por meu amigo
que tenho longe!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!
Ai eu, coitada, como vivo
com grande desejo por meu amigo
que tarda e não vejo!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!

Português antigo

Ay eu, coitada, como uyuo
en gram cuydado por meu amigo
que ey alongado!
muyto me tarda
o meu amigo na Guarda!
Ay eu, coitada, como uyuo
en gram desejo por meu amigo
que tarda e non uejo!
muyto me tarda
o meu amigo na Guarda!

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Erótica 31 – “O Navegador da Passagem”

09.10.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Neste Poesia Erótica, ouviremos um excerto de “O Navegador da Passagem” novo livro de Deana Barroqueiro, uma autora que tem emprestado alguns dos seus belos textos, a este espaço do Estúdio Raposa.
Se deseja ler o texto do programa ao mesmo tempo que o ouve, clique AQUI
(Para ver um vídeo em que a autora apresenta o seu livro, clique AQUI)

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Luís Pinto e “As Núpcias de Asmodeu” (025)

17.06.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

No passado dia 15 deste mês (estamos em Junho de 2008), visitei a Feira do Livro, em Lisboa, com o propósito de me dirigir somente ao Stand da Porto Editora onde a escritora Deana Barroqueiro se encontrava a autografar os livros que vendia.
Conhecia-a pessoalmente nessa tarde. Dela tinha lido o “D. Sebastião e o Vidente”, livro que levei comigo para o autógrafo da praxe, e ouvido os poemas eróticos que tens recitado neste programa.
É uma pessoa extraordinariamente simpática e que escreve por amor.
Basta dizer-te isto; ao leitor que dela se aproximava para o autógrafo, a escritora, antes de assinar o livro, esclarecia a veracidade do seu romance histórico, exibindo gravuras da batalha de Alcácer Quibir e apontando passagens do livro “Miscelânea” de Miguel Leitão de Andrada, principal fonte de inspiração do seu romance.
Em tantos anos que tenho de feiras de livros, nunca me foi dado assistir a esta postura do escritor com o seu leitor, ou seja, Deana faz questão de demonstrar que aquele romance nasceu, não duma pura imaginação, mas dum resultado exaustivo de estudo e pesquisa.
Deana é professora de Português.
Também deve ensinar por amor.
Luís Pinto

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Erótica 25 – As Núpcias de Asmodeu

09.05.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

A escritora Deana Barroqueiro é uma repetente neste espaço do Estúdio Raposa, muito devido ao facto de dois dos seus livros terem por títulos “Contos Eróticos do Velho Testamento” e “Novos Contos Eróticos do Velho Testamento”. E pelos títulos…está tudo dito. Da segunda obra retiro para o programa de hoje um excerto do capítulo intitulado “As Núpcias de Asmodeu”.
Se quiser ler o texto deste programa enquanto o ouve, ou mais tarde, clique AQUI

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Erótica 14 – O sacrifício dos circuncisos

25.11.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Encantada pelo erotismo fortíssimo de inúmeras pequenas crónicas do Antigo Testamento, Deana Barroqueiro quis rescrever algumas dessas histórias, como um cronista desse tempo de antanho, um pouco céptico, sem crenças em Baal ou Jahweh, interessado em recriar essa sociedade de pastores nómadas que formaram as tribos de Judá e Israel.

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103 – Deana Barroqueiro

14.09.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

O romance “D. Sebastião e o Vidente”, de Deana Barroqueiro, com o qual a Porto Editora se lançou na área da ficção há menos de um ano, acaba de vencer o Prémio Máxima de Literatura 2007 – Prémio Especial do Júri.
O Palavras de Ouro fica particularmente feliz com este facto porque Deana Barroqueiro é a única autora viva que tem tido a amabilidade de disponibilizar textos seus para o Estúdio Raposa. Admiração, com admiração se paga.

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101 – Deana Barroqueiro e Mário Cesariny

06.07.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

Também o “Palavras de Ouro” vai interromper a sua actualização semanal com a desculpa das férias. E o programa que as antecede tem como autores, os produtores de brilho, Deana Barroqueiro e Mário Cesariny.

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087 – Deana Barroqueiro e António Gedeão

31.03.2007 | Produção e voz: Luís Gaspar

As lendas e a poesia. Um texto de Deana Barroqueiro e um poema de António Gedeão. As palavras de ouro que vamos ouvir no programa de hoje.

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