Comnetário de DoceVeneno

17.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Poderosa a voz que acabei de ouvir, aqui, neste player…
Parabéns pelas asas que, este perfil e o site nele mencionado, pretende dar aos outros… àqueles que escrevem para a gaveta… Tu ajudas-lhes, com a tua voz, a voar.
Sendo filha de uma Mãe (ambliope) quase cega (degenerativa) e que o que mais lamenta foi ter deixado de poder de ler, apelo a que vozes portuguesas, como a tua, invistam em gravar livros em audio para gente que deixou de ouvir a melodia das folhas de papel.
Bem hajas pelo trabalho!
DoceVeneno
(Mensagem deixada no ih5 )

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Comentário de Otília Martel (Menina Marota)

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Meu Amigo
Foi com uma emoção enorme que ouvi o Palavras de Ouro 86, tanto pela música de fundo escolhida, como pela selecção de poemas que declamaste de forma MAGNIFICA!
Ao escolheres The four Seasons de Vivaldi, como tema musical deste programa, cujo som remonto a tempos de infância, tocado por familiar meu, muito próximo e querido, que me recordou momentos tão especiais e felizes da minha Vida, tocou-me profundamente.
Honrares-me com a leitura das minhas preferências poéticas, lidas nessa profundeza que a tua voz e a tua sensibilidade consegue imprimir a cada uma, de forma tão extraordinária, é realmente um momento que nunca mais esquecerei.
Obrigada do fundo do meu coração.
Vou fazer-te um pedido, sem querer abusar da tua boa vontade, gostaria que me cedesses os linkes da leitura das poesias, para colocar junto com os respectivos poemas, nos meus blogues, a fim de poder divulgar este momento.
Um abraço carinhoso e mais uma vez o meu sincero agradecimento pela partilha que nos ofereces.
Otília Martel (Menina Marota)

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Comentário de Manuel Anastácio

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Caro Luís:

Só ontem tive algum tempo para ouvir de enfiada os últimos programas que fizeste. O que é uma desfeita da minha parte, tendo em conta que num deles até me citavas, a respeito do José Eduardo Lopes, mas tal como dizia a este amigo de escrita, sempre vou conseguindo um tempo para escrever e ler, em breves intervalos, mas esses breves intervalos são quase sempre mais breves que um programa do Estúdio Raposa. Claro que gostei muito de ouvir a sua leitura do conto do José. O conto que escolheste tem muitas das suas características de escrita – a simplicidade complexa das personagens, a sua palpabilidade, a força das imagens que evoca, o realismo anedótico-poético, jocoso, que eu considero profundamente alquímico. Sim, com estes adjectivos todos. E o alquímico não é o que vem menos a propósito. Creio que o Paleco criava problemas com os sotaques? Ou havia problemas de outra ordem? No Palavras de Ouro, baseado no texto de Teresa Rita Lopes, foste magnífico. Ambígua beleza, a daquela conversa em torno de um medonho concurso que tem dado origem a medonhos documentários. A atribuição de vozes foi genial e fez gerar uma corrente quase eléctrica entre dois pólos opostos, mas que, pelo seu carácter fantasmático parecem criar apenas um campo de gravítico centrado no sonho da Identidade. Pura física. Pura alquimia. Pura Arte.
Parabéns.
Manuel Anastácio

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Comentário de Deana Barroqueiro

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Luís, não fazia ideia que tivesse essa voz belíssima e ainda menos tais qualidades de actor! Se achei o texto da Teresa Rita Lopes um espanto, a sua interpretação veio dar-lhe ainda mais valor. Fico feliz por ter proporcionado, de certo modo, essa partilha de prazer e, por outro lado, recebi a inesperada resposta não só da Teresa Rita Lopes – que apenas conheço das suas obras sobre Pessoa, cuja paixão partilhamos e que também “propaguei” aos meus alunos – mas também o seu e-mail e a sua simpatia. Sinto-me bem por ter levado o conhecimento deste texto a muita gente, como o jornalista Fernando Cruz Gomes, do Canadá, que pediu autorização à autora para o publicar. A partilha do espírito e da inteligência dos outros, sobretudo na escrita, o milagre das palavras é o meu maior tesouro.
Deana Barroqueiro

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Comentário de Sarah

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Prezado Senhor Luís Gaspar
(…)
Vou divulgar sua página e seu belíssimo trabalho em um importante portal italiano, onde escrevo sobre língua portuguesa:
http://guide.dada.net/portoghese/
Que Deus abençoe o senhor e a sua voz!
Sarah

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Comentário de Otília Martel Menina Marota

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Caro Luís Gaspar

Acabei de ouvir emocionada, o Palavras de Ouro 77, dedicado ao Poeta António Ramos Rosa, poeta que ao longo da minha vida aprendi a respeitar e amar.

E reportando-me às palavras de Teresa Sá Couto, que também referes no teu programa, sobre Ramos Rosa:
“Um dos grandes encantamentos da sua poesia está no “olhar original”, inocente, sem uma pré reflexão, com que olha as coisas, o que lhe permite o júbilo constante da descoberta. Esta postura fê-lo aproximar-se da filosofia oriental do Budismo Zen. Dá-nos o exemplo de um momento de alegria quando, um dia, observou “pela primeira vez” uma formiga no seu percurso sobra a folha branca, na qual escrevia.
Outro dos seus grandes ensinamentos é levar a ouvir-nos o que o silêncio, na sua textura secreta, nos pode dizer. Os silêncios falam e podemos ouvi-los na sua linguagem poética.”
É sempre naquele silêncio melodioso, que ouço a forma como consegues imprimir, a cada poema que lês, dando-lhe a interpretação certa, onde num todo se torna Poesia… enchendo-me a alma de significados.
Uma última palavra para dizer-te, como me honra e igualmente emociona, teres escolhido poemas meus, para fazerem parte das Palavras d’Ouro da Truca, enchendo-me de um caloroso orgulho, por me encontrar no meio de verdadeiras Estrelas!
E porque de Poesia falamos, permite-me que te deixe um poema de Ramos Rosa, de que gosto muito:

“O sentido não está em parte alguma.
É como um lábio truncado
ou como a música de um planeta distante.
Raramente é um palácio ou uma planície,
o diamante de um voo ou o coração da chuva.
Por vezes é o zumbido de uma abelha, uma presença pequena
e o dia é fogo sobre a corola do mar.
Ele bebe a violência e a obscuridade
e nas suas margens está o olvido e o caos.
Os seus caprichos contêm toda a distância do silêncio
e todo o fulgor do desejo. Com desesperada música
estala por vezes sob a máscara do tempo.
Com as cinzas de água cria as lâmpadas de sombra
e de um lado é um deserto e do outro uma cascata.
Pode-se percorrê-lo algumas vezes como o espectro solar
ou senti-lo como um grito em farrapos ou uma porta condenada.
Muitas vezes os seus nomes não são nomes
ou são feridas, paredes surdas, finas lâminas,
minúsculas raízes, cães de sombra, ossos de lua.
Todavia, é sempre o amante desejado
que o poeta procura nos seus obscuros redemoinhos.”

(“O Sentido” Poema de António Ramos Rosa in “Acordes”- Antologia Poética, 2001)

Um abraço carinhoso e sempre grata, por merecermos toda a partilha que nos ofereces tão altruistamente

Otília Martel (Menina Marota)

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Comentário de Lena Maltez

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Amigo Luís Gaspar, escrevi um momento, depois de te ouvir dizer poesia, como disse a emoção foi grande e senti uma partilha por inteiro, com a sua grande sensibilidade de saber dizer
hoje postei o momento,
escrevi para ti, espero que não fiques aborrecido

o momento

escutei a tua voz, dentro da melodia
chegou transparente, agarrada à emoção
foi arte pendida num mistério precioso
golfada fresca num trabalho de beleza
foi matéria atenta,
júbilo inesquecível.
potência da razão resplandecente

veio abraçada às palavras,
ritmada, pausada,
foi símbolo delicado que fez luz,
loucura desabrochada de esplendor
viajou triunfante nos textos
sem medos, onde a música se fundiu
até à dilatação no éter do fascínio

irrompeu ramificada
na inocência dos sentires.
debruçou-se inundada
sobre o leve peso dos sonhos,
reclamou à sabedoria
a teia dos gestos etéreos
foi profunda, misteriosa, tocante..

a tua voz vibrou
fez crescer a palavra dita!

l.maltez

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Comentário de Paulo Brabo

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Luis!
Aqui é o Paulo Brabo do sáite Bacia das Almas, amigo do Manuel Anastácio. Estou escrevendo para parabenizá-lo pelo excelente trabalho no Estúdio Raposa, e na interpretação dO Homem Ideal das Lendas dos Judeus. Obrigado também por redirecionar seus leitores/ouvintes para a Bacia; espero poder em breve retribuir a gentileza.
Abraço forte do Brasil,

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Comentários de Luís Pinto

16.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Muito bem ao dizeres que “Mau Tempo….” é uma das obras primas da literatura portuguesa.
Para mim, depois do “Os Maias”, é o melhor que se escreveu em termos de romance.
A tua leitura está magnifica. Tem um espírito de narrativa muito bem colado ao texto.
Não me canso de te dar os meus parabéns. Cada vez estás melhor.
A Malta jovem, os putos doutores, gostarão desta tão fresca a lúcida descrição? Deste tão rico vocabulário? Desta tão escorreita imagem dos sentimentos de cada personagem? (… seu braço direito junto do pai inválido…).
Que beleza!
Aos minutos 16,45 tu dizes: “D. Catarina entorpecida na dobra do cachiné e na fundura da poltrona…”
Ou é tua gralha ou é gralha da edição. Esse lenço chama-se cachené, ou seja,
não tem I mas e. Talvez tenha o mesmo significado mas, neste caso será Cachine, não sendo este último e acentuado. Ou então o cachené é, nos Açores, cachiné.
Mas não importa, está uma maravilha.
Luís Pinto

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Comentário de Luís Pinto

13.01.2008 | Produção e voz: Luís Gaspar

Agradeço-te a homenagem.
Ouvi um abrir de alma sem estereótipos.
Do grande escritor (agora chamado por Deus para grande alegria dos católicos) vai ficar a imagem do bêbado, do imbecil proscrito, do pedófilo, do proxeneta, do cabrão, do “filho de puta”, de tudo o que lhe quiserem apelidar.
Mas nunca a simplicidade dum homem que se desnuda à frente de todos sempre resignado, sem um queixume, apenas a verdade que, para muitos, é difícil ler e muito menos ouvir.
Perdeu-se um grande escritor, que escrevia arduamente por uns tostões que lhe dessem o mínimo para uns copos onde afogava a agonia da sua vida. A vida que quis ter.
Fiquemos com a imagem das letras e das palavras ditas.
Por mim, será sempre recordado com alegria democrática.

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