Nota biográfica >>

António Fernandes Aleixo (Vila Real de Santo António, 18 de Fevereiro de 1899 — Loulé, 16 de Novembro de 1949) foi um poeta popular português. Considerado um dos poetas populares algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.

António Aleixo – “Quadras2”

17.01.2012

Acho uma moral ruim

trazer o vulgo enganado:

mandarem fazer assim

e eles fazerem assado.



Sou um dos membros malditos

dessa falsa sociedade

que, baseada nos mitos,

pode roubar à vontade.



Esses por quem não te interessas

produzem quanto consomes:

vivem das suas promessas

ganhando o pão que tu comes.



Não me dêem mais desgostos

porque sei raciocinar…

Só os burros estão dispostos

a sofrer sem protestar!



Esta mascarada enorme

com que o mundo nos aldraba,

dura enquanto o povo dorme,

quando ele acordar, acaba.




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