Orlando de Albuquerque – “Magia de Quissange”
20.01.2016
No quissange dolente
sentado à fogueira
o negro dedilha
som de maravilha
que ele bem sente
na brisa fagueira
que lhe afaga o rosto
depois do sol posto
quando na planície
os cazumbis passeiam
de sul a norte
feitiços de morte.
Embora ninguém visse
os cazumbis ondeiam
na brisa que passa
desliza e repassa
no quissange dolente
em que ele dedilha
som de maravilha
que ele bem sente.
Ai! que ele bem sente
na alma doente.
Quissange dolente
da alma da raça
contigo não se sente
o cazumbi que passa.
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