Cristina Guedes – “Não há dia nenhum”
30.04.2012
Quantos segundos contados pelo marcar do pulso
ora apressados, ora descontentes
no vagar que todas as memórias têm e na dor
que muitas arrastam
Não há dia nenhum que detenha a memória viva
nem leis nem regras
que afinem e encaixem sentimentos
no politicamente correcto
Não há dia nenhum em que o teu rosto não surja do nada
pra me sacrificar ou as tuas palavras mordazes pra me sangrar
Não há e nem vai haver forma de conter o rio
de dor que ficou quando decidiste esconder e mentir
omitir ou devassar sentidos e vidas
Sabes, não sabes?
Que dia nenhum passará
sem que estejas presente neste rio!
Não haverá dia nenhum e nem isso podes impedir.
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